Preços de gasolina, álcool e diesel vistos na placa de um posto de combustível, ao lado do tráfego na praia de Copacabana no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 08h30.
Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a projeção para a alta da gasolina em 5% em 2013. Apesar do anúncio de aumento do preço do combustível feito em 29 de novembro pela Petrobras, de 4%, o documento divulgado nesta quinta-feira, 05, pelo Banco Central teoricamente foi escrito antes desse episódio.
Em 30 de setembro, o diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, informou que, até agosto, a alta da gasolina foi de 2,15%, segundo cálculos da instituição. Ele não quis bancar o aumento que ainda faltaria para o ano - considerando a projeção total de 5% e o efetivo de 2,15% até então. "A projeção do Banco Central vale de 1 de janeiro a 31 de dezembro. Essa é uma hipótese de trabalho, é um cenário com o qual o BC trabalha, assim como temos para câmbio e para taxa de swap", mencionou na ocasião.
Preços administrados
O Comitê voltou a reduzir suas estimativas para a alta dos preços administrados este ano, ainda que individualmente não tenha apontado queda em nenhum dos itens citados pela diretoria. De acordo com a ata, a alta dos preços administrados ou monitorados pelo governo deve fechar em 1,2% em 2013. Na ata de outubro, a projeção era 0,3 ponto porcentual maior, de 1,5%.
Já a projeção de reajuste para o conjunto dos preços administrados para o acumulado de 2014 foi mantida em 4,5%, como já constava no documento de outubro.
De acordo com o colegiado do BC, a tarifa residencial de eletricidade deve registrar recuo de aproximadamente 16% este ano, mesmo valor considerado na reunião do Copom anterior. Essa estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinários programados para este ano.
O Copom projeta também aumento de 2,5% no preço do gás de bujão e redução de 1,0% na tarifa de telefonia fixa para o acumulado de 2013. Essas taxas também já eram citadas no último documento.