Economia

Ata do BCE indica decisão em dezembro sobre compras de ativos

Expectativa ainda seja de que o BCE vai prorrogar a compra mensal de ativos de 80 bilhões de euros por mês para além do prazo de março

BCE aparenta preocupação com os rendimentos mais elevados, particularmente na periferia do bloco (.)

BCE aparenta preocupação com os rendimentos mais elevados, particularmente na periferia do bloco (.)

R

Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 11h43.

Frankfurt - Os membros do Banco Central Europeu concordaram na reunião do mês passado com a necessidade de manter o estímulo monetário sem precedentes e decidir em dezembro se prorrogarão as compras de ativos do BCE de 1,74 trilhão de euros.

O núcleo da inflação ainda não apresenta uma tendência de alta convincente e o crescimento dos salários tem sido inesperadamente fraco, mas a economia da zona do euro está se desenvolvendo na trajetória vista mais cedo, e portanto é prematuro tomar uma decisão para qualquer que seja o lado, mostrou a ata da reunião de 20 de outubro.

"É imperativo permanecer plenamente comprometido em preservar o alto grau de acomodação monetária, que é necessária para assegurar uma convergência sustentada da inflação para níveis abaixo mas próximos de 2 por cento", disse o BCE na ata.

Embora a expectativa ainda seja de que o BCE vai prorrogar a compra mensal de ativos de 80 bilhões de euros por mês para além do prazo de março, o aumento acentuado dos rendimentos e o fortalecimento do dólar desde a eleição presidencial norte-americanas neste mês podem complicar o debate.

O BCE deve estar preocupado com os rendimentos mais elevados, particularmente na periferia do bloco, mas o euro mais fraco contribui para a inflação e o aumento dos preços das ações também sugere que os investidores apostam em um crescimento mais forte.

Acompanhe tudo sobre:BCEUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto