Larry Kudlow: Assessor econômico da Casa Branca não está muito otimista com reunião entre Estados Unidos e China sobre gerra comercial (Kevin Lamarque/Reuters)
Reuters
Publicado em 26 de julho de 2019 às 13h36.
Washington — O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou nesta sexta-feira que não espera um grande acordo nas negociações comerciais com a China na próxima semana, mas que os negociadores dos Estados Unidos esperam restabelecer o palco para mais negociações produtivas sobre redução de barreiras comerciais.
"Eles vão se reunir na próxima semana em Xangai", disse Kudlow em entrevista à CNBC. "Eu não esperaria nenhum grande acordo. Acho, falando com nossos negociadores, que eles vão restabelecer o palco e voltar para onde as negociações estavam quando estagnaram em maio."
"Estávamos indo bem. Sem acordo ainda, mas continuamos sobre as questões estruturais, sobre roubo de propriedade intelectual, transferência forçada de tecnologia, interferência cibernética, comércio e não comércio, barreiras tarifárias e assim por diante, certamente os mecanismos de fiscalização", disse Kudlow.
"Mas estávamos 90% lá com apenas 10% para caminhar... eu acho que nossos negociadores querem voltar para aquele ponto."
Kudlow disse que os Estados Unidos esperam fortemente que a China faça compras de produtos agrícolas dos EUA.
A Casa Branca disse na quarta-feira que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o representante de Comércio, Robert Lighthizer, se reunirão com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, para negociações em Xangai a partir de 30 de julho.
Esse será o primeiro encontro presencial desde que os presidentes Donald Trump e Xi Jinping concordaram em retomar as negociações para encerrar sua guerra comercial que já dura um ano.
As negociações colapsaram em maio, depois que a China voltou atrás com promessas feitas em negociações anteriores, disseram fontes do governo dos EUA e do setor privado na época.
Os governos das duas maiores economias do mundo impuseram tarifas sobre bilhões de dólares em importações um do outro, interrompendo as cadeias globais de suprimentos e abalando os mercados financeiros em sua disputa sobre como a China faz negócios com o resto do mundo.