Economia

Ásia Pacífico e Japão poderão liderar capital privado em 2019

Em nível global, os capitais privados aumentaram em 5,3% em 2016, para US$ 166,5 trilhões, em relação aos 4,4% de 2015

Dinheiro: até o final deste ano, os fundos privados na Ásia Pacífico também superarão os da Europa Ocidental (weerapatkiatdumrong/Thinkstock)

Dinheiro: até o final deste ano, os fundos privados na Ásia Pacífico também superarão os da Europa Ocidental (weerapatkiatdumrong/Thinkstock)

E

EFE

Publicado em 13 de junho de 2017 às 21h13.

Nova York - A região Ásia Pacífico e o Japão terão juntos em 2019 mais capital privado acumulado do que a América do Norte, devido ao forte ritmo de crescimento de enriquecimento que vêm apresentando e que, em 2016, chegou a 9,5%, o mais alto do mundo, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela consultora Boston Consulting Group.

O relatório, chamado Global Wealth Report, também prevê que, até o final deste ano, os fundos privados na Ásia Pacífico também superarão os da Europa Ocidental, que, afetada pela incerteza gerada pelo "Brexit", registrou em 2016 um desenvolvimento modesto, de 3,2%.

Em nível global, os capitais privados aumentaram em 5,3% em 2016, para US$ 166,5 trilhões, em relação aos 4,4% de 2015, gerados pela aceleração da economia mundial e o bom momento que atravessam os mercados de ações de várias regiões.

O crescimento na Ásia Pacífico, que acumula US$ 38,4 trilhões em capitais privados, ficou abaixo dos 10% pela primeira vez nos últimos cinco anos, devido à desaceleração da China, que tenta se transformar em uma economia de serviços a partir de um sistema industrial, diz o texto.

Em termos de crescimento de fundos privados, logo atrás da Ásia Pacífico aparece a América Latina, que registrou um crescimento de 8,7%; seguida do Oriente Médio e da África, com 8,5%; Europa Oriental, com 4,7%; e América do Norte, com 4,5%.

Depois da Europa Ocidental (3,2%) vem o Japão, que registrou um aumento de riqueza privada de 1,1%.

O estudo do Boston Consulting Group também aponta que o número de famílias milionárias, descritas como aquelas que acumulam mais de US$ 1 milhão em riqueza, cresceu em 2016 com mais velocidade que em 2015.

Além disso, nos próximos anos, a região na qual haverá um maior aumento de indivíduos que acumulam mais de US$ 100 milhões em capitais será a da Ásia Pacífico, com um crescimento de 14,6%, seguida do Oriente Médio e da África, como 13,8%, e América Latina, com 8,1%.

Por outro lado, o documento apontou que os fundos acumulados em paraísos fiscais cresceram em um ritmo menor, de 3,7%, que os demais, que aumentaram em 5,4%, e que a Suíça continua sendo o país de baixa fiscalização que concentra a maior porcentagem de patrimônio, com um 24%.

No entanto, a previsão é de que essa cifra caia e que aumente o fluxo de capital em outros paraísos fiscais, como Hong Kong e Cingapura, que estão registrando maior crescimento em nível mundial.

"Os paraísos fiscais não são um risco", avaliou uma das autoras do relatório, Anna Zakrzewski.

"Entre toda a incerteza do mercado e a instabilidade política em muitas partes do mundo, os paraísos fiscais continuarão sendo um refúgio com uma qualidade geral excelente", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCanadáEmpresas privadasEstados Unidos (EUA)Japão

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor