O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou apoio ao FMI para aporte na Grécia (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2013 às 17h00.
São Paulo – Com o fim do mês de julho, a semana contou com importantes indicadores econômicos no Brasil, Europa e Estados Unidos. No cenário interno, destaque para a balança comercial brasileira.
Confira a seguir algumas das principais notícias econômicas entre 29 de julho e 2 de agosto:
Brasil e FMI no centro da tragédia grega
A semana foi marcada por uma pequena confusão, por assim dizer, entre o Brasil e o FMI, tudo por conta da Grécia. O fundo decidiu recentemente liberar um novo suporte financeiro para a Grécia, que continua sofrendo com a crise financeira que abala, especialmente, a Europa.
Paulo Nogueira Batista, que representa o Brasil no fundo, disse nesta semana ser contra a decisão, temendo um calote grego. Em seguida, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ligou para Christine Lagarde, diretora-gerente fundo, desautorizou o representante brasileiro e afirmou que sim, o Brasil apoia a ajuda para a Grécia.
Segundo Mantega, o voto foi dado por Nogueira Batista sem aval prévio do governo brasileiro e não representa a opinião do país. O fundo não sabe como, porém, o voto pode ser revertido.
Balança comercial
A balança comercial brasileira acumula um déficit de 4,989 bilhões de dólares nos sete primeiros meses do ano, ante superávit de 9,927 bilhões de dólares no mesmo período de 2012. O resultado anual até julho é o pior desde 1995, quando o acumulado nos sete primeiros meses foi déficit de 4,224 bilhões de dólares.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações no acumulado deste ano somam 135,230 bilhões de dólares, com média diária de 926,2 milhões de dólares, e as importações atingem 140,219 bilhões de dólares, com média diária de 960,4 milhões de dólares.
Brasil só crescerá 2%
Ao menos é o que espera a agência de rating Standard & Poor's, que projeta um PIB modesto para o Brasil neste ano. Entre os motivos que resultarão em novo pibinho, a agência destaca um desempenho modesto das exportações e o declínio dos investimentos privados.
PIB dos EUA cresce
A economia dos Estados Unidos cresceu 1,7% no segundo trimestre de 2013, na comparação anual, conforme anunciou nesta semana o Departamento de Comércio. O resultado ficou um pouco acima das projeções, mas é ainda uma leitura preliminar, sujeita a revisões.
O departamento também liberou uma nova revisão do PIB do primeiro trimestre, que ficou em 1,1%, ao invés de 1,8%, na terceira estimativa.
FMI dá conselhos para Espanha
O FMI divulgou nesta semana algumas propostas para a Espanha em busca de uma solução para a crise financeira no país. Um dos pontos do FMI gerou polêmica e colocou tanto o nome do fundo, quanto do país, entre os tópicos mais comentados mundialmente no Twitter nesta sexta-feira.
A proposta polêmica foi um pacto social no qual os empresários se comprometam a aumentar a contratação em troca de cortes salariais de até 10%. A medida geraria mais empregos mas, claro, ninguém ficou feliz com a ideia te receber menos.
A publicação veio na mesma semana em que o país informou que o PIB teve uma contração de 0,1% no segundo trimestre de 2013 ante os primeiros três meses do ano.
Juros na Europa
O Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta semana sua principal taxa de juros na mínima recorde de 0,5%, acompanhando as boas perspectivas de uma recuperação econômica.
O BCE também manteve sua taxa de depósito zerada e a taxa de empréstimo em 1%.
Desemprego diminui nos EUA
O índice de desemprego nos Estados Unidos caiu para 7,4% em julho, nível mais baixo desde dezembro de 2008, informou nesta semana o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.
O maior aumento de empregos foi registrado no comércio no varejo, com 47 mil postos de trabalho, e nos serviços profissionais e de negócios, com 36 mil.
O departamento também informou que, em julho, a remuneração média por hora caiu 0,02 centavos de dólar, para 23,98 dólares.
Impostos
Como já era esperado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira que o governo não irá renovar a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), que vence em setembro deste ano.
Segundo ele, com os insumos mais baratos a partir de outubro, a indústria brasileira ganhará competitividade.