São Paulo - "Pense em um país e um produto qualquer. Depois se pergunte: se este país não fizer este produto, em quantos outros países ele pode ser feito? Se a resposta for "muitos países", então este país provavelmente não tem uma economia complexa." Foi a partir desse conceito que surgiu o
Atlas de Complexidade Econômica, mantido desde 2011 por uma equipe que inclui Ricardo Hausman, de Harvard, e Cesar Hidalgo, do MIT. Ele mede o "conhecimento produtivo" de cada país. A ideia é que lugar nenhum passa de produzir uma banana para um computador de uma vez: isso exige um acúmulo gradual de habilidades e processos coletivos. A medição é feita analisando a natureza dos produtos exportados, já que "países podem fazer coisas que não exportam, mas o fato de que não exportem sugere que talvez não sejam muito bons nelas". No caso do Brasil, a pauta de exportação é dominada por
commodities como minério de ferro, soja, açúcar e petróleo, ainda que itens como carros e aviões também apareçam com pequena participação. E por que isso importa? Porque a complexidade está relacionada com
crescimento e renda futuros, além de desigualdade, segundo os autores do Atlas. Conheça as 14 economias mais complexas do mundo pelos os dados de 2014: