Economia

Arrecadação vem em linha com reação dos indicadores, diz Receita

Para Receita, a alta da arrecadação não refletiu nenhum movimento atípico, mas, sim, a sinalização de melhores resultados nos meses à frente

Receita previdenciária: cresceu 1,24% no mês passado (Receita Federal/Divulgação)

Receita previdenciária: cresceu 1,24% no mês passado (Receita Federal/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de julho de 2017 às 11h47.

Brasília - O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, avaliou nesta quarta-feira, 19, que a alta de 3% na arrecadação de junho em relação ao mesmo mês do ano passado veio em linha com a reação dos indicadores macroeconômicos no período.

"O desempenho positivo da produção industrial impactou bastante a arrecadação de junho, assim como as vendas de bens e a alta da massa salarial. Além disso, o valor em dólar das importações continua crescendo, com a melhora da demanda interna", afirmou.

Ele destacou o crescimento - ante junho de 2016 - de 20,65% na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a alta de 2,79% nas receitas do PIS/Cofins. "Isso reflete o aquecimento do consumo e da atividade industrial, que tanto esperávamos. Ficamos bastante animados com o resultado de junho", comemorou Malaquias. "O que aconteceu até aqui foi bastante positivo e a perspectiva é satisfatória", completou.

Para o representante da Receita, a alta da arrecadação em junho desta vez não refletiu nenhum movimento atípico, mas, sim, a sinalização de melhores resultados nos meses à frente. Ele também destacou a receita previdenciária, que cresceu 1,24% no mês passado. "O crescimento do emprego ainda é pequeno, mas essa sinalização é positiva e deve ser tendência para os próximos meses", projetou.

Setor financeiro

Claudemir Malaquias também destacou que a arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro ainda tem comportamento negativo. Em junho, houve uma queda de 16% nessas receitas em relação ao mesmo mês do ano passado.

Segundo Malaquias, isso tem ocorrido desde o começo do ano porque o setor financeiro - que contribui pela estimativa mensal - projetou resultado maiores no ano passado, recolhendo mais imposto. Agora, os bancos estão ajustando seus pagamentos ao resultado efetivo realizado.

"Hoje o setor financeiro já está normalizando essa arrecadação. Só no final do ano poderemos fazer uma avaliação completa sobre o desempenho do setor", afirmou.

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