Dinheiro: (Bruno Domingos/Reuters)
Reuters
Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 11h03.
Última atualização em 23 de janeiro de 2020 às 11h35.
Brasília — A arrecadação do governo federal fechou 2019 com alta real de 1,69%, a 1,537 trilhão de reais, divulgou a Receita Federal nesta quinta-feira, num desempenho ajudado pelo recolhimento de impostos de empresas em ano em que estatais também registraram ganhos de capital sujeitos à tributação após vendas de participações.
Este foi o melhor desempenho anual desde 2014, quando a arrecadação somou 1,599 trilhão de reais, na série da Receita corrigida pela inflação.
Em dezembro, contudo, houve queda de 0,08% sobre igual mês de 2018, a 147,501 bilhões de reais, resultado que veio abaixo da expectativa de 155 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters com analistas.
No ano, a arrecadação também veio negativa em outros três meses: janeiro (-0,66%), março (-0,58%) e outubro (-0,02%).
Em apresentação, a Receita destacou para o resultado anual positivo os recolhimentos de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, com avanço real de 11,09% no ano.
Segundo o órgão, houve arrecadações extraordinárias nos meses de fevereiro, julho, agosto e novembro do ano passado.
Além disso, também houve elevação em 2019 no recolhimento dos dois tributos pagos mensalmente pelas empresas por estimativa e sobre os balanços trimestrais, destacou a Receita.
Olhando apenas para as receitas administradas, que envolvem o recolhimento de impostos, a arrecadação cresceu 1,71% em termos reais em 2019, a 1,476 trilhão de reais, dado que ficou dentro da expectativa da Receita de um aumento de 1,5% a 2%.
Já as receitas administradas por outros órgãos, sensibilizadas sobretudo pela arrecadação de royalties de petróleo, avançaram 1,28% em 2019, a 61,011 bilhões de reais.