Economia

Arrecadação extraordinária da Receita afeta dado de maio

Em contrapartida, a Receita deixou de arrecadar R$ 2,134 bilhões em função das desonerações tributárias, na comparação com maio do ano passado


	O valor arrecadado em maio referente ao imposto de importação foi de R$ 2,809 bilhões e representa queda de 3,75% na comparação com maio de 2012
 (Marcos Santos/USP Imagens)

O valor arrecadado em maio referente ao imposto de importação foi de R$ 2,809 bilhões e representa queda de 3,75% na comparação com maio de 2012 (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 16h10.

Brasília - O principal fator que impulsionou a entrada de recursos nos cofres do Fisco em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi a arrecadação extraordinária de cerca de R$ 4 bilhões referentes a Cofins/PIS (R$ 1 bilhão) e ao IRPJ/CSLL (R$ 3 bilhões) em decorrência de depósito judicial e venda de participação societária, respectivamente.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 24, pela Receita Federal. Em contrapartida, a Receita deixou de arrecadar R$ 2,134 bilhões em função das desonerações tributárias, na comparação com maio do ano passado.

O valor arrecadado em maio referente ao imposto de importação foi de R$ 2,809 bilhões e representa queda de 3,75% na comparação com maio de 2012. Para IPI-Vinculado, houve recuo de 30,51% na mesma base de comparação e a arrecadação foi de R$ 1,17 bilhão em maio. Conforme a Receita, o resultado decorre, principalmente, dos seguintes fatores: crescimento de 2,46% na taxa média de câmbio, avanço de 1,16% na alíquota média efetiva de imposto de importação, redução de 1,11% no valor em dólar das importações e redução de 27,01% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

O IPI-Fumo foi responsável pela arrecadação de R$ 383 milhões, o que significa baixa de 43,09% na comparação com maio do ano passado. A arrecadação referente a IPI-Automóveis foi de R$ 346 milhões e mostrou queda de 30,05% em relação ao mesmo mês de 2012.

Outras categorias de IPI geraram R$ 1,570 bilhão de arrecadação e mostraram crescimento de 4,41%. O resultado, de acordo com a Receita, é resultado do crescimento de 8,38% na produção industrial de abril deste ano em relação a abril do ano passado, além de desonerações tributárias.


O IRPF foi responsável pela arrecadação de R$ 2,665 bilhões em maio deste ano, o que representa aumento de 4,66% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O valor arrecadado de IRPJ foi de R$ 8,509 bilhões, com crescimento de 42,88%, e de CSLL foi de R$ 4,774 bilhões, com aumento de 48,68%. O desempenho, segundo a Receita, foi influenciado pela arrecadação extraordinária de cerca de R$ 3 bilhões com a venda de participação societária em bolsa de valores.

A arrecadação referente ao IRRF-Rendimentos de Capital foi de R$ 2,549 bilhões, o que significa alta de 15,04%. A arrecadação de R$ 2,498 bilhões significou queda de 8,40% - o que, segundo a Receita, é explicado principalmente pela redução das alíquotas nas operações de crédito de pessoas físicas.

A arrecadação referente a Cofins somou R$ 16,654 bilhões, um aumento de 5,82%. Para PIS/Pasep, a arrecadação de R$ 4,280 bilhões significou aumento de 3,82%. Já a arrecadação de R$ 1 milhão de Cide-Combustíveis é resultado, segundo a Receita, da redução a zero das alíquotas.

A receita previdenciária somou R$ 26,200 bilhões em maio e outras receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 944 milhões.

Acompanhe tudo sobre:ImpostosLeãoOrçamento federalreceita-federal

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto