Economia

Arrecadação de novembro é 2ª maior da história, tem crescimento real de 11,21% e chega a R$ 209,2 bi

No acumulado do ano, resultado é recorde e totalizou R$ 2,391 trilhões, um aumento real de 9,82% na comparação com o mesmo período do ano passado

. (Joédson Alves/Agência Brasil)

. (Joédson Alves/Agência Brasil)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 11h02.

Última atualização em 7 de janeiro de 2025 às 12h44.

A arrecadação de impostos e contribuições federais registrou alta real de 11,21% em novembro e totalizou R$ 209,218 bilhões, segundo dados divulgados terça-feira, 7, pela Receita Federal. O resultado é o segundo maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a novembro o resultado também é recorde e totalizou R$ 2,391 trilhões, um aumento real de 9,82% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo a Receita Federal cinco fatores explicam o crescimento da arrecadação:

  • Melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins em razão da tributação de combustíveis;
  • Desempenho do Imposto de Importação e do IPI vinculado à importação; e
  • Comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetam a arrecadação, como o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação;
  • A tributação de fundos de investimentos; e
  • Recolhimentos, de aproximadamente, R$ 7,4 bilhões a título de atualização de bens e direitos no exterior.

Além disso, o governo aprovou uma serie de medidas no Congresso Nacional para reduzir a concessão de benefícios e incentivos fiscais. Entre as mais significativas estão mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados e a retomada do voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Arrecadação aumenta, mas despesas também crescem

A arrecadação em 2024 tem crescido significativamente após o governo aprovar no Congresso diversas medidas para acabar com benefícios fiscais ou isenções. Entretanto, o ritmo de crescimento da despesa pública tem sido significativo.

O reajuste real do salário mínimo, que afeta pagamentos de benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas, e a concessão de aumento salarial para servidores públicos explicam parte significativa da alta das despesas públicas.

Para tentar reduzir o ritmo de alta das despesas públicas, o governo aprovou no Legislativo uma norma que limita o crescimento real do salário mínimo a 2,5%.

Acompanhe tudo sobre:receita-federal

Mais de Economia

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR

Dino intima governo a explicar se emendas Pix para eventos cumprem regras de transparência

Governo deverá bloquear R$ 18,6 bilhões no Orçamento de 2025 para cumprir regras fiscais, diz Senado