Economia

Arrecadação crescerá zero ou abaixo de 2013, diz Receita

Segundo chefe de departamento da Receita, arrecadação com Refis deve ficar em torno de R$ 18,5 bi no ano. Até novembro, essas receitas somam R$ 17,5 bilhões


	Moedas: de janeiro a novembro, queda na arrecadação é de 0,99% ante mesmo período de 2013
 (Bruno Domingos/Reuters)

Moedas: de janeiro a novembro, queda na arrecadação é de 0,99% ante mesmo período de 2013 (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 15h41.

Brasília - Após a arrecadação federal acumulada em 2014 ter ficado pela primeira vez no ano abaixo dos valores arrecadados em 2013, a Receita Federal já admite que possa haver queda no total do ano.

De janeiro a novembro, a queda é de 0,99% ante o mesmo período do ano passado.

"A evolução da arrecadação em 2014 deve ficar em zero (empatada com 2013) ou um pouco abaixo do registrado no ano passado", reconheceu na tarde desta segunda-feira, 22, o chefe do departamento de estudos tributários e aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.

Ele disse não saber com exatidão qual o peso de cada movimento econômico para levar a essa provável queda na arrecadação, mas destacou as desonerações no ano, estimadas em mais de R$ 100 bilhões, e a redução da produção industrial.

"O resultado da arrecadação é multifatorial", afirmou Malaquias. "A gente tem de fazer um estudo sobre o peso de cada fator. Mas esse não é o papel da Receita", completou.

De acordo com Malaquias, a arrecadação com o Refis deve ficar em torno de R$ 18,5 bilhões no ano. Até novembro, essas receitas somam R$ 17,5 bilhões.

Arrecadação em 2015

Claudemir Malaquias disse que não há uma projeção sobre o comportamento da arrecadação em 2015.

Segundo ele, a equipe econômica de transição está recebendo informações da Receita, não só da arrecadação, mas de todos os nossos números do Fisco.

"A decisão final será tomada de acordo com as autoridades que vão assumir a equipe econômica.

Nossa projeção não contempla os ajustes que serão feitos até porque não sabemos quais serão esses ajustes", disse.

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