O governo federal arrecadou 153,745 bilhões de reais no primeiro semestre. A cifra representa um aumento real de 8,81% na arrecadação em relação ao mesmo período de 2003, ao se deflacionar com o IPCA, índice oficial de inflação. A principal fonte de recursos foi o Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas e empresas, que respondeu por 32,91% do resultado. Mas a Contribuição para a Seguridade Social (Cofins) apresentou o maior aumento de arrecadação do período: 28,69%.

O IR gerou 50,593 bilhões de reais para os cofres públicos entre janeiro e junho. O montante foi 9,79% maior que o dos seis primeiros meses do ano passado. Nesta conta, o IR retido na fonte totalizou 27,36 bilhões, o IR de pessoas jurídicas somou 19,636 bilhões, e o de pessoas físicas, 3,597 bilhões (veja tabela abaixo).

O aumento da alíquota da Cofins, de 3% para 7,6%, a partir de fevereiro, foi o principal motivo para elevar o peso desse tributo sobre a arrecadação. No primeiro semestre de 2003, a contribuição respondeu por 21,21% do total recolhido pela Receita Federal no período. Em 2004, os 36,322 bilhões gerados entre janeiro e junho representam 23,62% da arrecadação total.

Junho

A Receita Federal também informou que a arrecadação de junho foi recorde para o mês e atingiu 26,566 bilhões de reais. A cifra indica um crescimento real de 28,23% em relação a junho do ano passado e de 7,32% sobre maio, puxada novamente pelo IR e pela Cofins.

O recolhimento do IR alcançou 7,894 bilhões de reais e aumentou 9,99% em relação a maio e 28,81% na comparação com junho de 2003. Já a Cofins gerou 7,186 bilhões, 5,06% mais que em maio e 49,33% superior ao de junho do ano passado.