Economia

Armínio Fraga vê "máquina de bolhas" na economia global

Nova York  - A "máquina de bolhas" da economia mundial continua funcionando enquanto os formuladores de política econômica lutam contra a recessão com políticas fiscais e monetárias fáceis, disse o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, na quinta-feira. Fraga, que também é presidente do conselho da BM&F Bovespa, acrescentou que as preocupações sobre a sustentabilidade […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 12h48.

Nova York  - A "máquina de bolhas" da economia mundial continua funcionando enquanto os formuladores de política econômica lutam contra a recessão com políticas fiscais e monetárias fáceis, disse o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, na quinta-feira.

Fraga, que também é presidente do conselho da BM&F Bovespa, acrescentou que as preocupações sobre a sustentabilidade da política fiscal em países desenvolvidos precisam ser administradas para evitar crises futuras.

Ele disse que os juros em recorde de baixa em muitos países desenvolvidos também estão ajudando a criar um excesso de liquidez para as economias emergentes que não foram tão afetadas pela crise.

"De muitas formas ainda temos uma máquinas de bolhas. Estamos tratando uma bolha com uma bolha", disse ele a jornalistas em Nova York antes de uma reunião do G30.

Fraga defendeu a estratégia do governo brasileiro de combater a recessão com gasto público, mas acrescentou que agora que a economia está se recuperando pode ser o momento de a política fiscal "tirar o pé do acelerador".

Isso abriria espaço para o banco central reduzir mais o juro, segundo ele, e "seria uma forma muito eficiente de conter a apreciação do real".

O real se valorizou em mais de 30 por cento até agora nesta ano, ameaçando exportadores, apesar de medidas do governo para conter fluxos "especulativos" externos.

 

Acompanhe tudo sobre:Armínio FragaBanqueirosBolhas econômicasGávea InvestimentosGlobalizaçãograndes-investidores

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo