Economia

Argentina se reúne com mediador em NY para discutir dívida

Ministro da Economia argentino pediu à Organização dos Estados Americanos, em Washington, "soluções urgentes" para a situação


	Ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof: Argentina busca suspensão de dívida bilionária
 (Mandel Ngan / AFP)

Ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof: Argentina busca suspensão de dívida bilionária (Mandel Ngan / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2014 às 21h52.

O governo argentino participará na segunda-feira, em Nova York, da primeira reunião com o mediador que nomeou o juiz Thomas Griesa para o caso dos fundos especulativos, levando consigo o apoio a OEA e questionamentos à independência judicial, pela decisão tomada sobre o default.

Pouco antes do início do diálogo, o chefe de gabinete argentino, Jorge Capitanich, pôs em dúvida a imparcialidade do magistrado, e considerou "uma manobra do juiz" o bloqueio ao pagamento dos vencimentos da dívida.

"Muitos funcionários (americanos) dizem que seu Poder Judiciário é independente", declarou Capitanich na sexta-feira, "mas não é independente dos fundos abutres".

O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, considerou o bloqueio "uma situação desconcertante e insólita".

Na quinta-feira, Kicillof pediu para a Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, "soluções urgentes" para a situação, e conseguiu uma declaração de respaldo.

Apesar do governo argentino não ter especificado quais funcionários integrarão a comitiva, os advogados da Argentina em Nova York informaram ao mediador Dan Pollack que estarão "o subprocurador do Tesouro da Nação (Javier Pargament), o Secretário de Finanças do Ministério da Economia (Pablo López), e o Secretário Legal e Administrativo do Ministério da Economia (Federico Thea)".

Ainda não foi esclarecido se a delegação será comandada pelo próprio Kicillof, o que ainda será decidido pela presidente Cristina Kirchner. No momento, a presidente sofre de uma faringolaringite aguda, e por isso cancelou recentemente uma viagem ao Paraguai.

"Qual funcionário vai é o de menos. Vai uma representação muito qualificada do governo argentino para realizar a melhor negociação possível, uma negociação tem uma dinâmica inesperada", havia adiantado o próprio ministro na semana passada, em uma coletiva de imprensa.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDívidas de paísesEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1