Casa Rosada, em Buenos Aires: país vive crise econômica que deve se acentuar devido ao coronavírus (Agustin Marcarian/Reuters)
Victor Sena
Publicado em 8 de junho de 2020 às 20h36.
Última atualização em 8 de junho de 2020 às 20h43.
O governo do presidente argentino Alberto Fernández apresentou uma proposta ao Congresso do país para taxar, em uma única vez, fortunas milionárias, com o objetivo de fortalecer a arrecadação federal para garantir assistência médica aos mais pobres. De acordo com reportagem da BBC, quem tiver patrimônio declarado acima de 3 milhões de dólares no país será taxado entre 2% e 3,5%.
Em entrevista ao canal C5N, de Buenos Aires, e reproduzida pela BBC, o presidente Fernández ressaltou que a contribuição só acontecerá uma vez e é importante devido à crise econômica causada pelo novo coronavírus. Autores do projeto estimam que seriam arrecadados cerca de 3 bilhões de dólares.
De acodo com o presidente, cerca de 12.000 pessoas concentram essa riqueza no país.
Mesmo antes da pandemia, a Argentina enfrentava uma crise econômica e problemas para pagar suas dívidas com credores. Há duas semanas, o país deixou de fazer o pagamento de juros e teve sua nota de classificação de risco rebaixada pela agência Fitch. O país tenta um acordo com credores para deixar sua dívida — e o pagamento dos juros — mais sustentável. Hoje, a dívida do país é de 65 bilhões de dólares.