Economia

Argentina não impõe novas barreiras ao comércio, diz ministro

Brasília - A Argentina não está impondo barreiras às importações de produtos brasileiros ou de outros países e esse "rumor" não pode ser usado como pretexto para atrapalhar as negociações comerciais entre o Mercosul e a União Europeia, afirmou nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto do país vizinho, Héctor Timerman. […]

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2010 às 21h56.

Brasília - A Argentina não está impondo barreiras às importações de produtos brasileiros ou de outros países e esse "rumor" não pode ser usado como pretexto para atrapalhar as negociações comerciais entre o Mercosul e a União Europeia, afirmou nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto do país vizinho, Héctor Timerman.

Em maio, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner discutiram no Rio de Janeiro as dificuldades de entrada de produtos alimentares brasileiros na Argentina. Os dois decidiram buscar medidas para incrementar o comércio bilateral como forma de tentar resolver o imbróglio. Timerman assumiu o cargo no último dia 22.

"Não temos nenhum tipo... de impedimento para a entrada de produtos além do que já estava acordado. Não há novas regulações, proibições, não demos nenhum tipo de ordem", afirmou Timerman em entrevista coletiva ao lado do chanceler brasileiro, Celso Amorim.

Perguntado se o tema poderia criar dificuldades nas negociações para um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, o ministro argentino reiterou que em seu país não tem obstáculos ao intercâmbio de produtos. Para ele, o tema ganhou demasiada importância por causa da imprensa.

"Portanto, isso não pode ser visto como impedimento para as negociações entre o Mercosul e a União Europeia", destacou.

"Estamos dispostos e preparados para dar as explicações sobre o caso que sejam necessárias quando os ministros assim o peçam. Não debatemos através dos meios (de comunicação) sobre os acordos que chegamos com outros países ou blocos... fazemos cara a cara."

Já Amorim evitou a polêmica. No entanto, demonstrou otimismo com o desenvolvimento das negociações entre os blocos, as quais foram retomadas recentemente.

"É um pouquinho cedo, mas o nosso ânimo... é poder avançar e quem sabe até encerrar a negociação neste semestre próximo. Se isso não for possível, faremos o esforço para avançar o máximo que pudermos", sublinhou o chanceler brasileiro.

Os dois ministros classificaram as relações bilaterais de "aliança estratégica" e Timerman afirmou que a Argentina tem o Mercosul como prioridade e vê também com importância a unidade regional que vem sendo construída com a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
 

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