Economia

Argentina flexibiliza importações de alimentos

As importações, fortemente reguladas no país, começaram a ser liberadas para alimentos e bebidas tipo "premium"


	Cristina Kirchner: há duas semanas, a presidente da Argentina disse que analisava liberar algumas importações para promover a concorrência de preços (Pedro Ladeira/AFP)

Cristina Kirchner: há duas semanas, a presidente da Argentina disse que analisava liberar algumas importações para promover a concorrência de preços (Pedro Ladeira/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 13h57.

Buenos Aires - O governo da Argentina flexibilizou a importação de alguns tipos de alimentos comercializados por supermercados, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.

As importações, fortemente reguladas na Argentina, começaram a ser liberadas para alimentos e bebidas tipo "premium", destinados ao segmento de consumidores de maior poder aquisitivo.

Segundo informou hoje o governo em seu site, os produtos autorizados a entrar no país são lácteos, enlatados, massas, biscoitos, sopas, conservas, vinhos, cervejas, refrigerantes e bebidas com gás.

"As próximas liberalizações de importações poderiam abranger arroz, açúcar, água mineral e produtos de médio valor", disse o governo.

A autorização foi estipulada com três grandes cadeias de supermercados, a francesa Carrefour, a chilena Cencosud e a americana Wal-Mart.

O acordo para permitir estas importações, explicou o governo, procura "controlar a inflação e manter a rentabilidade dos supermercados, garantindo, por sua vez, a continuação do congelamento de preços".


Há duas semanas, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que analisava liberar algumas importações para promover a concorrência de preços.

Na semana passada, o governo argentino prorrogou por sessenta dias, até final de maio, um acordo assinado há dois meses com supermercados e cadeias de venda de eletrodomésticos para manter congelados os preços dos produtos.

Segundo os últimos dados oficiais disponíveis, os preços ao consumidor na Argentina subiram em fevereiro 0,5% em relação a janeiro e 10,8% frente ao segundo mês de 2012.

As estatísticas oficiais de inflação são bastante questionadas na Argentina e fora do país desde janeiro de 2007, quando se introduziram mudanças metodológicas em sua medição. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaComércioComércio exteriorImportaçõesImpostosLeão

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade