Economia

Argentina fecha 2018 com segunda inflação mais alta do continente

País ficou atrás apenas da Venezuela, e na contra-mão da maior parte dos países do mundo

Argentina fechou 2018 com inflação de 47,6%, a segunda mais alta da América Latina, (Sergei Karpukhin/Reuters)

Argentina fechou 2018 com inflação de 47,6%, a segunda mais alta da América Latina, (Sergei Karpukhin/Reuters)

A

AFP

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 18h05.

A Argentina fechou 2018 com inflação de 47,6%, a segunda mais alta da América Latina, depois da Venezuela, e na contra-mão da maior parte dos países do mundo, que controlaram este mal há anos.

O índice de preços ao consumidor também foi o mais alto registrado no país desde 1991 - quando começou a ser aplicada, a partir de abril, a conversão de 1 peso por 1 dólar, mas que ainda assim registrou alta de 84%.

Em dezembro, a inflação foi de 2,6%, mostrando uma desaceleração em relação aos meses anteriores, informou nesta terça-feira o estatal Instituto de Estatísticas. Em novembro, tinha alcançado 3,2%, em outubro 5,4% e em setembro 6,5%.

"Claramente a Argentina está entre os cinco maiores países com a inflação mais alta", disse à AFP o economista Martín Vauthier, da Eco Go consultores.

"É uma inflação muito alta. A Argentina é um caso surpreendente de uma sociedade que se acostumou a viver com inflação. Há vários anos que a inflação não é um problema no mundo, nem nos países desenvolvidos, nem nos emergentes", acrescentou.

A Argentina sofreu com uma crise econômica em 2018 que levou o país a pegar um empréstimo de US$ 56 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Prevê-se que, em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) caia 2,6%. A desvalorização da moeda ao longo do ano foi de 51%.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaCrise econômicaInflação

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo