Economia

Argentina decide nacionalizar a petroleira YPF

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, decidiu enviar uma proposta de expropriação de 51% das ações da YPF, ao Congresso Nacional

As autoridades argentinas criticam a empresa YPF por ter reduzido seus investimentos no país, o que obrigaria a Argentina a aumentar suas importações de hidrocarburetos (Getty Images)

As autoridades argentinas criticam a empresa YPF por ter reduzido seus investimentos no país, o que obrigaria a Argentina a aumentar suas importações de hidrocarburetos (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 14h20.

Brasília – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, decidiu enviar uma proposta ao Congresso Nacional do país declarando de interesse público a exploração de petróleo e derivados.

O governo anunciou que o texto institui a expropriação das ações da empresa YPF, subsidiária da espanhola Repsol no país. Ficou estabelecido que 51% das ações da companhia pertencerão ao Estado e os 49% restantes, às províncias.

Segundo a presidenta, o objetivo é fazer com que o país seja autossuficiente. De acordo com Cristina Kirchner, da forma como está, a Argentina “corre o risco de se tornar inviável” devido às políticas empresárias em curso na região.

Cristina Kirchner se referiu indiretamente à empresa YPF. De acordo com a presidenta, a proposta encaminhada ao Parlamento determina o "desenvolvimento equitativo e sustentável das regiões" argentinas. Pelo texto, os governos federal, estadual e municipal atuarão em parceria para viabilizar as mudanças.

As autoridades argentinas criticam a empresa YPF por ter reduzido seus investimentos no país, o que obrigaria a Argentina a aumentar suas importações de hidrocarburetos. A Repsol rechaçou as críticas, destacou que o objetivo é investir US$ 3,4 bilhões no país até dezembro e apelou pelo prosseguimento das negociações.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCristina KirchnerEmpresasEmpresas espanholasIndústria do petróleoPolíticosRepsol YPF

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo