Economia

Argentina consegue estabilizar preço oficial do dólar

Em bancos e casas de câmbio, a moeda americana estava cotada hoje a 8,015 pesos


	Dólares: no mercado informal, o dólar freou hoje seu avanço e caiu ligeiramente até cerca de 12,80 pesos por unidade
 (Karen Bleier/AFP)

Dólares: no mercado informal, o dólar freou hoje seu avanço e caiu ligeiramente até cerca de 12,80 pesos por unidade (Karen Bleier/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 18h54.

Buenos Aires, - O Banco Central da Argentina conseguiu nesta quinta-feira, pelo quarto dia consecutivo, manter estável o preço do dólar no mercado oficial de divisas, após as turbulências cambiais da semana passada, na qual o peso se desvalorizou 17%.

Em bancos e casas de câmbio, a moeda americana estava cotada hoje a 8,015 pesos, apenas um centavo acima do fechamento de ontem e meio centavo a mais que a cotação da segunda e da terça-feira.

No mercado informal, por sua vez, o dólar freou hoje seu avanço e caiu ligeiramente até cerca de 12,80 pesos por unidade após alcançar na quarta-feira a barreira dos 13 pesos.

Com esta leve baixa, a diferença entre a cotação oficial do dólar que se vende a poupadores com permissão do Fisco argentino nos bancos, e que hoje fechou a 8,015 pesos, e seu valor nos circuitos informais ronda os 60%.

Após a desvalorização que afetou o peso na semana passada, o governo resolveu flexibilizar desde segunda-feira o 'cerco cambial' iniciado no final de 2011 e permitir aos pequenos investidores voltar a comprar dólares para a poupança pessoal.

Nos três primeiros dias de operações, a Receita autorizou compras de US$ 113,2 milhões, embora só tenham sido efetivadas aquisições por US$ 41,4 milhões.

Segundo números da Administração Federal de Receita Pública, 90% dos cidadãos que, desde a segunda-feira, compraram a moeda americana a preço oficial optou por retirá-los com dinheiro e assumir os 20% de novo imposto que isso acarreta.

O Banco Central argentino conseguiu manter o peso estável nesta semana graças a sua posição vendedora na praça cambial, com uma perda média de US$ 180 milhões diários das reservas monetárias entre segunda-feira e quarta-feira.

Além da praça cambial, o outro eixo de atenção são os preços e, neste sentido, o governo anunciou hoje que continuará aplicando medidas para evitar que a desvalorização se traduza em maior inflação.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCâmbioDólarMoedaspeso-argentino

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação