Economia

Argentina aceita pagar à vista vendas do Brasil, diz Borges

As empresas brasileiras, principalmente as montadoras, estavam preocupadas que o pagamento de suas exportações fosse represado


	Argentina: caso haja inadimplência do país, Fundo de Garantia à Exportação será garantidor final
 (Wikimedia Commons)

Argentina: caso haja inadimplência do país, Fundo de Garantia à Exportação será garantidor final (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 15h41.

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, informou nesta quinta-feira, 8, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que o Banco Central argentino aceitou o pagamento à vista de todas as exportações que foram feitas pelo Brasil ao país vizinho.

Como a Argentina estava com problemas de divisas, o governo estava limitando a saída de moeda do país.

Por conta disso, as empresas brasileiras, principalmente as montadoras, estavam preocupadas que o pagamento de suas exportações fosse represado.

"O BC argentino concordou que todos os depósitos das importações fossem feitos à vista no BC para posterior transformação em dólar. Uma vez que aceitaram que esse mecanismo fosse feito, não tem problema do ponto de vista da preocupação anterior do setor privado", disse o ministro.

Para destravar o comércio bilateral, o Brasil propôs usar o Fundo de Garantia à Exportação (FGE) para viabilizar as linhas de crédito privadas para financiar o comércio entre os dois países.

Para colocar em prática as operações, as instituições financeiras exigiram garantias de recebimento do crédito.

A ideia do governo brasileiro é fazer as operações dentro do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR), um sistema de compensação de pagamentos operacionalizado pelos bancos centrais.

Em caso de inadimplência do país vizinho, o FGE será o garantidor final.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisAmérica LatinaArgentinaBanco CentralComércioComércio exteriorExportaçõesMercado financeiro

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo