Economia

Após subir em março, IGP-10 deve desacelerar, avalia FGV

Para superintendente adjunto de Inflação do Ibre/FGV, Salomão Quadros, o índice deve ficar abaixo de 1%, sendo que haverá de dois a três meses de recuo


	Preços de combustíveis em posto: a FGV anunciou nesta segunda-feira que o IGP-10 variou 1,29% neste mês, ante os 0,30% de fevereiro
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Preços de combustíveis em posto: a FGV anunciou nesta segunda-feira que o IGP-10 variou 1,29% neste mês, ante os 0,30% de fevereiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 17h11.

São Paulo - Após forte alta em março, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) deve desacelerar, indicou nesta segunda-feira, 17, o superintendente adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Salomão Quadros.

Para ele, o índice deve ficar abaixo de 1%, sendo que haverá de dois a três meses de recuo.

"Acho que para repetir esse resultado, acima de 1%, tem que acontecer algum impacto (de preço) mais forte. Pelas informações que tenho até o momento, não devemos ter um segundo mês como esse", comentou.

A FGV anunciou nesta segunda-feira que o IGP-10 variou 1,29% neste mês, ante os 0,30% de fevereiro.

"O IGP pegou em cheio a alta dos produtos agrícolas, mas acredito que, mesmo que ainda suba um pouco, não será na mesma velocidade", disse.

Ele cita que a perda da safra de soja, por exemplo, deve ficar em torno de 2%. "Com a perda nessa proporção, o preço não precisa subir tanto", diz.

Quadros afirma que, apesar disso, o preço de produtos intermediários continuará subindo e haverá também mais impacto no preço dos processados. "Não vem um IGP tão forte, mas o efeito não se desfaz imediatamente. Será uma volta gradativa".

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