Economia

Após sete semanas de queda, minério de ferro volta a subir

Compras de oportunidade são realizadas por siderúrgicas chinesas após uma forte queda nos preços provocada por ampla oferta


	Ferro: minério de ferro permanece abaixo de 100 dólares por tonelada
 (Rich Press/Bloomberg)

Ferro: minério de ferro permanece abaixo de 100 dólares por tonelada (Rich Press/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 12h04.

Singapura - O minério de ferro fechou a primeira semana com ganhos depois de sete semanas consecutivas de queda, com algumas compras de oportunidade sendo realizadas por siderúrgicas chinesas após uma forte queda nos preços provocada por ampla oferta.

Apesar da leve recuperação, o minério de ferro permanece abaixo de 100 dólares por tonelada e não muito distante da mínima de 20 meses registrada no final de maio, com as mineradoras inundando o mercado com cargas à vista.

A brasileira Vale , maior produtora mundial, ofereceu pelo menos 2,2 milhões de toneladas de minério de ferro por meio de leilões abertos nesta semana, segundo um operador que acompanhou os leilões, bem acima do volume ofertado pela empresa no mercado à vista em meses recentes.

Um declínio de 30 por cento nos preços do minério este ano ajudou a elevar a margem de lucro das siderúrgicas chineses, maiores compradoras globais, mas não as encorajaram a comprar grandes volumes, disseram operadores.

"Apesar de as margens das usinas estarem muito boas, elas esperam que os preços do minério fiquem entre 90 e 100 dólares no segundo semestre. Não há uma corrida desvairada para comprar", disse um operador em Cingapura.

O minério de ferro com entrega imediata na China subiu 0,21 por cento nesta sexta-feira, a 94,50 dólares por tonelada. Na semana, a cotação acumulou 3 por cento de alta, segundo dados compilados pelo Steel Index.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaIndústriaMineraçãoMinériosPreços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto