Economia

Apesar da crise, brasileiros estão consumindo mais vinho

Vinhos, sucos, espumantes e demais produtos derivados da uva tiveram alta no consumo, no qual se destaca o vinho tinto, com um aumento de 4,6%


	No caso do suco de uva, o consumo subiu 24,8% e o dos espumantes aumentou 22,7%, até os 4,9 milhões de litros
 (Freeimages)

No caso do suco de uva, o consumo subiu 24,8% e o dos espumantes aumentou 22,7%, até os 4,9 milhões de litros (Freeimages)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2015 às 15h25.

São Paulo - O consumo de vinho no Brasil aumentou 4,6% no primeiro semestre do ano se comparado ao mesmo período de 2014, um crescimento que acontece em um momento em que a economia do país dá sinais de fraqueza e que as famílias reduziram suas compras em 0,9% no primeiro trimestre, informou neste sábado o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

De acordo com a organização, os vinhos, sucos, espumantes e demais produtos derivados da uva registraram um crescimento de consumo, no qual se destaca o vinho tinto, com um aumento de 4,6%, que chegou aos 9,1 milhões de litros.

No caso do suco de uva, o consumo subiu 24,8% e o dos espumantes aumentou 22,7%, até os 4,9 milhões de litros.

"O próprio consumidor está sabendo apreciar o vinho, tanto nacional quanto importado, mas o volume consumido ainda é pequeno e nos dá espaço para crescer nos próximos anos", declarou à Agência Efe Oscar Lo, presidente da Federação de Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho).

Segundo ele, por mais que o país enfrente uma "retração econômica", nos últimos anos as famílias aumentaram seu poder de aquisição e incorporam o vinho ao hábito.

A forte desvalorização do real frente ao dólar encareceu as importações e incidiu na queda de 1,9% dos vinhos importados no Brasil no semestre.

No entanto, o chefe de promoção vinícola da embaixada da Espanha no Brasil, Antonio Correas, disse à Agência Efe que a "suave redução" não é tão alarmante.

"O consumo de vinho não compartilha do mesmo pessimismo existente em outros setores. Ele contínua vigoroso, apesar de certa queda do consumo em restaurantes", comentou.

Para ele, o fortalecimento do produto nacional é positivo e contribui para construir nos brasileiros a cultura do vinho. Apesar dos problemas na economia, o Brasil continua sendo um mercado atrativo para os vinhos internacionais e a "tendência geral é de um mercado em crescimento", diferente do espanhol e de outros grandes consumidores da Europa que enfrentam uma redução há vários anos.

Já para Lo, no começo do ano havia receios de que a retração econômica pudesse prejudicar o setor.

"Mas agora estamos comemorando os números porque completamos o primeiro semestre com crescimento em todas as categorias", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:bebidas-alcoolicascomida-e-bebidaConsumoeconomia-brasileiraVinhos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto