Economia

Apesar da alta em junho, cenário para inflação segue benigno, avalia Itaú

O Itaú segue vendo IPCA de 1,8% em 2020 e de 2,8% em 2021, taxas bem abaixo da meta perseguida pelo BC

Inflação; consumo; consumidores (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

Inflação; consumo; consumidores (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 10 de julho de 2020 às 13h50.

O cenário para a inflação segue benigno apesar de recentes leituras mais altas, afirmou nesta sexta-feira Julia Araujo, economista sênior do Itaú Unibanco, lembrando que o banco segue prevendo inflação abaixo da meta tanto para este ano quanto para o próximo.

Os preços ao consumidor medidos pelo IPCA subiram 0,26% em junho, após queda de 0,38% em maio --esta a mais intensa deflação em 22 anos--, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

O IPCA-15 subiu 0,02% em junho, após recuo de 0,59% em maio.

"Você volta a ver inflação mais positiva, mas esse movimento está muito mais relacionado a itens fora do núcleo, como combustíveis e alimentação", disse a economista.

Os preços dos combustíveis subiram 3,37% em junho, após queda de 4,56% em maio, enquanto os custos com alimentação e bebidas aumentaram 0,38%, acelerando ante acréscimo de 0,24% um mês antes.

"Apesar das oscilações do IPCA fechado, a gente vê medidas do núcleo ficando baixas", disse Araujo, citando que o índice IPCA-EX3 --que agrega apenas os itens selecionados de serviços e bens industriais-- teve variação negativa de 0,02% em junho.

O Itaú segue vendo IPCA de 1,8% em 2020 e de 2,8% em 2021, taxas bem abaixo da meta perseguida pelo BC em cada um desses anos --de ​4% e 3,75%, respectivamente.

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