Trump: o presidente comentou que Janet Yellen "é excelente" (Joshua Roberts/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de novembro de 2017 às 17h16.
São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que irá escolher o próximo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na tarde desta quinta-feira e comentou que as pessoas ficarão "impressionadas" com sua escolha.
Ele também comentou que a atual comandante da instituição, Janet Yellen, "é excelente", mas, quando questionado se reconduziria ela ao cargo, afirmou que "não disse isso".
Em uma reunião de gabinete na Casa Branca, Trump comentou que seu governo está totalmente focado, a partir de agora, na reforma tributária.
De acordo com o presidente, a Câmara dos Representantes está "indo muito bem" com o projeto de reforma tributária, cuja legislação será divulgada na manhã de quinta-feira, às 11h (de Brasília), pelo Comitê de Meios e Recursos da Casa.
O governo Trump deseja promover um corte no imposto corporativo dos atuais 35% para 20%, o que deve proporcionar o retorno de empresas aos EUA, com Trump afirmando que, em breve, irá anunciar a volta de uma grande companhia.
Nas estimativas do presidente, o plano, que prevê a repatriação de recursos, "trará US$ 4 trilhões de volta ao nosso país" e terá o apoio de alguns democratas.
Além disso, ele defendeu a revisão de acordos comerciais, os quais considerou "desastrosos", visto que geram déficit para os EUA, pontuando que o déficit com a China é "embaraçoso".
Preparando-se para uma viagem à Ásia, Trump disse que deixará o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Gary Cohn, em solo americano.
"Eles irão pressionar para que consigamos cortes nos impostos. Se eu tiver algum problema em aprovar a reforma tributária, irei culpar Mnuchin e Cohn", afirmou Trump durante a reunião de gabinete.
O ato terrorista cometido por um motorista usbeque de 29 anos em Nova York na tarde de ontem foi "horrível", na visão de Trump.
Ele afirmou, ainda, que o suposto autor do ataque, Sayfullo Saipov, é um "animal". Usando o ato como pano de fundo, o presidente americano defendeu o fim do programa de vistos que concede entrada por diversidade e defendeu um sistema imigratório baseado no mérito.
No entanto, ele afirmou que os democratas estão "bloqueando" uma mudança na imigração, mas, mesmo assim, "os terroristas que tentam, constantemente, atingir a América não terão êxito".