O Ministério de Minas e Energia está ocupado por manifestantes desde a manhã de hoje (Antônio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 13h45.
Rio - A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse nesta quinta-feira, 17, que não existe a possibilidade de adiamento do primeiro leilão do pré-sal, marcado para segunda-feira, apesar dos protestos de petroleiros e entidades de classe contra a realização da rodada. "Não existe nenhuma possibilidade de ser adiado o leilão", disse Magda, acrescentando que haverá forte esquema de segurança.
O Ministério de Minas e Energia está ocupado por manifestantes desde a manhã de hoje. A sede da ANP no Rio também registra protestos.
A diretora-geral informou que 170 profissionais de imprensa se cadastraram para participar do leilão de Libra, onde se estima haver entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo. Magda não confirmou a presença da presidente Dilma Rousseff. "Vamos esperar segunda-feira."
A executiva afirmou não estar preocupada com os protestos contra o leilão ou ações judiciais para paralisar a rodada. Segundo ela, as manifestações fazem parte do processo democrático e as contestações na Justiça acontecem tradicionalmente em todos os leilões. Magda reforçou que há uma equipe de advogados da agência para assegurar a rodada. "Estamos preparados", disse.
Novos leilões
Mais cedo, Magda informou que a ANP pode não recomendar a realização de leilão de petróleo em 2014. A ANP recomenda a realização, mas a decisão é do governo. "Pessoalmente, acho que tem grande possibilidade de nós não recomendarmos a realização de um leilão no ano que vem".
Segundo ela, a agência está mais preocupada "em ter boas áreas para licitar", do que na realização do leilão em si. A recomendação vai depender de haver material suficiente sobre as áreas para fundamentar uma decisão.
Magda se referia tanto a leilões no regime de partilha (pré-sal), quanto de concessão. Neste ano, foram marcados três leilões, após cinco anos sem rodadas.