Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras na Bacia de Campos (Bruno Domingos / Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 15h48.
Rio de Janeiro - A Petrobras enfrentará no refino as mesmas regras que a obrigaram a fazer paradas de manutenção mais frequentes nas suas plataformas e que limitaram a produção de petróleo.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) lançará uma regulamentação de gestão operacional para refinarias, "com prazos de manutenção mais rígidos", afirmou à Reuters o diretor da reguladora, Waldyr Martins Barroso.
A resolução com diretrizes de segurança operacional e meio ambiente já foi concluída e está sendo analisada pela procuradoria da ANP para ser publicada em janeiro, disse ele.
As refinarias terão ainda um prazo de adequação à nova regra que a lei prevê.
O diretor afirmou que as regras novas para refino seguirão o mesmo modelo das que já entraram em vigor para exploração e produção, que culminaram em paradas para manutenção e restringiram a produção de petróleo da estatal.
Indagado sobre a possibilidade de estas regras afetarem a produção de derivados da Petrobras, o diretor disse que "teoricamente isso não é para acontecer".
Em entrevista à Reuters, Barroso também falou sobre a atuação da agência nos últimos acidentes nas refinarias da Petrobras, inclusive a Repar.
A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, vai operar com dois terços da carga usualmente processada quando retomar a produção, segundo a autoridade do órgão regulador brasileiro.
A produção plena da refinaria da Petrobras não poderá ser atingida logo porque uma das colunas da unidade de destilação ficou danificada, bem como o condensador, equipamento que faz o resfriamento nesta etapa do refino, disse o diretor.
Um incêndio na Repar, no final de novembro, interrompeu o processamento de petróleo.
A previsão da Petrobras é retomar as atividades na refinaria no dia 17 de dezembro a plena carga.
A Petrobras está importando mais derivados para dar conta de substituir a produção da refinaria, que responde por cerca de 10 por cento do abastecimento do país.
Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente as informações da ANP.