Economia

Ano de 2013 será marcado pela volta do investimento

Para Luiz Carlos Mendonça de Barros, queda do investimento impede crescimento do PIB, que deve começar a recuperar ritmo no ano que vem


	Luiz Carlos Mendonça de Barros: 2013 será marcado pela volta do investimento
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Luiz Carlos Mendonça de Barros: 2013 será marcado pela volta do investimento (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 11h37.

São Paulo- O próximo ano será marcado pela volta do investimento, segundo Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES e diretor estrategista da Quest Investimentos. “O Brasil voltará a crescer cerca de 3%”, afirmou.

O crescimento do PIB brasileiro decepcionante em 2012 deriva muito da queda do investimento, segundo Mendonça de Barros. Nos primeiros seis meses do ano, a queda foi de cerca de 7 “Houve retração de investimentos porque, no ano passado, tivemos o auge do ‘fim do mundo’. [Nouriel] Roubini estava no auge de seu discurso de que acabaria tudo e os investidores deram uma parada”, disse, durante o Seminário “Perspectivas das Relações Econômicas entre o Brasil e os Países Árabes”, realizado em São Paulo pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e pelo jornal Valor Econômico.

O FMI reviu recentemente sua projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2012, diminuindo-a de 2,5% para 1,5%. O Brasil tem a possibilidade de voltar a sua condição de crescimento, mas precisa ser realista quanto ao seu potencial de crescimento, segundo Mendonça de Barros.

Se o crescimento seguir o ritmo entre 3,5% e 4,0%, na próxima década, o Brasil chegaria a ter entre 70% e 75% de sua população na classe média (classe em que hoje está 60% da população), segundo Mendonça de Barros. 

O economista destacou que a era de crescimento do governo Lula, com “foguetes auxiliares de crescimento” já passou. Ele afirmou que o Brasil precisa reconhecer suas limitações e, com base nisso, a fim de aumentar seu potencial de crescimento, fazer uma agenda voltada para o lado da produção. “O governo está se mexendo, talvez de forma errada, mas está se mexendo”, disse.

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