Economia

Anfavea: medidas do governo causaram queda na venda de veículos

Setor considera que alta dos juros e outras medidas tomadas pelo governo para conter o consumo levaram à queda nas vendas

Abril teve queda de 5,5% nas vendas na comparação com março (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Abril teve queda de 5,5% nas vendas na comparação com março (Marco de Bari/Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 17h02.

São Paulo – A queda das vendas de automóveis em abril foi resultado das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. Segundo ele, o aumento dos juros reduziu o ritmo de crescimento do setor, que vinha sendo de quase 12% ao ano e neste ano tem crescimento abaixo de 5%.

De acordo com os dados divulgados hoje (6) pela Anfavea, as vendas registraram queda de 5,5% em abril, na comparação com março. No mês passado, foram vendidas 289,1 mil unidades e em março 306,1 mil. Na comparação entre abril deste ano e o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 277,8 mil unidades, houve crescimento de 4,1%.

Belini disse que a entidade espera que os números sejam melhores em maio, mesmo considerando que o início do mês ainda esteja devagar e seja prematuro fazer previsão. “A inflação não vai atrapalhar. O consumidor olha a prestação e é isso que mede o crescimento do setor. As vendas a prazo caíram de 66% para 62% e isso mostra a necessidade do maior controle com a inflação”.

Os dados mostram ainda que as exportações tiveram elevação de 13,9% no mês de abril ante março, com a comercialização de 48.674 unidades no mercado externo, ante as 42.724 vendidas em março. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas 32.299 unidades houve aumento de 50,7%.

Segundo a Anfavea, o emprego no setor teve aumento de 1% em abril com a contratação de 141.020 pessoas enquanto em março foram criados 139.617 novos postos de trabalho. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve aumento de 9,5% nas contratações.

Belini disse que a entidade vai manter a previsão de 5% de crescimento para o setor neste ano e que pretende fazer uma revisão apenas no final do primeiro semestre.

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