Homem observa carros em concessionária: ministro da Fazenda teria avisado que a alíquota de IPI incidente sobre os veículos terá um pequeno ajuste a partir de janeiro (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2013 às 18h22.
São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse, nesta sexta-feira, 1, que a alíquota atual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo será mantida até 31 de dezembro. A informação foi dada por ele quando deixava uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
Segundo o executivo da Anfavea, o ministro teria avisado que, a partir de 1º de janeiro, a alíquota de IPI incidente sobre os veículos terá um pequeno ajuste. "Não me pergunte de quanto será este ajuste. Para nós, o ideal seria manter a alíquota inalterada durante todo o ano que vem. Mas o ministro só prometeu até 31 de dezembro de 2013", disse Moan.
O presidente da Anfavea teria argumentado com Mantega que o mercado automotivo está estabilizado, em torno de 310 mil a 315 mil unidades por mês. No entanto, Moan disse ter trazido boas notícias para o ministro no que se refere à produção que, graças ao programa Inovar-Auto, deve fechar o ano com crescimento acima de dois dígitos em relação a 2012. "Isso deve também influenciar o consumo de autopeças", afirmou.
Caminhões
Moan também contou ter levado boas notícias para a reunião no que diz respeito ao segmento de caminhões, ônibus e máquinas agrícolas. "Mas trouxemos também a preocupação com relação a esse segmento dentro do Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI)", disse o presidente da Anfavea, acrescentando que há grande demanda por esses itens, mas que o programa está paralisado.
A avaliação do presidente da Anfavea é a de que tanto Mantega quanto Coutinho se mostraram sensíveis à solicitação para destravar o programa. "Esperamos que o PSI volte a funcionar logo a todo vapor, porque se tratam de três segmentos importantes para a Formação Bruta de Capital Fixo", disse.