Luiz Moan: presidente da Anfavea afirmou que é preciso calma e acompanhar as próximas medidas de Dilma Rousseff (Antonio Cruz/Abr)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2014 às 12h29.
Brasília - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Junior, elogiou o trecho do discurso da presidente reeleita Dilma Rousseff que prevê novos estímulos para a economia.
Na avaliação de Luiz Moan, a riqueza do país provém do mercado interno. Para ele, passadas as eleições é importante ter paciência e aguardar até que a presidente adote novas medidas destinadas a melhorar o cenário econômico.
“Há uma visão muito clara, inclusive da nossa entidade, de que o Brasil é país que depende muito do seu mercado interno. A riqueza do Brasil provém do mercado interno. Então, todo estímulo ao mercado interno é muito bem vindo”, disse, ao deixar o Ministério da Fazenda, em Brasília, onde participou de reunião com o secretário executivo Paulo Rogério Caffarelli.
Moan disse que informou ao secretário números que mostram que a Anfavea aguarda no segundo semestre maior dinamismo nas vendas de veículos. Ele apresentou também dados parciais, de outubro, que demonstram que as vendas nos quinze primeiros dias do mês estão 2% superiores na comparação ao mesmo período de setembro.
“Esperamos continuar desta forma na segunda quinzena de outubro. É crescimento das vendas mesmo [não há fatores sazonais]", destacou.
Enumera, entre as razões para a melhoria do setor, a existência no segundo semestre de maior número de dias úteis em relação ao primeiro semestre e a abertura do Salão do Automóvel na próxima quinta-feira em São Paulo.
Também observou que os últimos dois meses do ano são melhores para as vendas em razão da aproximação das festas de final de ano e do décimo terceiro salário.
Sobre os acordo do setor com outros países em busca de uma maior “integração produtiva e comercial”, ele disse que haverá um novo encontro com representantes da Colômbia, desta vez no Brasil.
Novas discussões serão iniciadas, em meados de novembro, com o México, já que o atual acordo com este país vence em março de 2015.
“São acordos de troca de autopeças e de veículos. Podemos ter mercados crescentes, na Colômbia e no México, tanto de veículos quanto de autopeças, assim como eles poderão exportar mais para nós”.
Sobre a Argentina, ele lembra que as vendas estão ruins, mas há conversas para a melhoria do cenário não só com autoridades do país como também com dirigentes de montadoras de forma individual. “Acho que eles estão buscando uma solução própria”, concluiu.