Torre de energia: consumidores residenciais atendidos pela Cooperativa de Eletrificação Rural e Desenvolvimento Rural Centro-Sul de Sergipe terão 35,33% de aumento na energia a partir de 29/04 (Reuters/Ina Fassbender)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2014 às 15h15.
Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (22) os reajustes tarifários de duas cooperativas de energia. Para a Cooperativa Regional de Energia Taquari Jacuí (Certaja), no Rio Grande do Sul, haverá aumento de 15,89% para os consumidores residenciais e de 31,84% para as indústrias. O reajuste vale a partir do próximo sábado (26).
Já os consumidores residenciais atendidos pela Cooperativa de Eletrificação Rural e Desenvolvimento Rural Centro-Sul de Sergipe (Cercos) terão 35,33% de aumento na energia a partir da próxima terça-feira (29). Para as indústrias, o aumento chegará a 35,28%.
Segundo a Aneel, o cálculo dos índices de reajuste considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e o Fator X, que determina a redução que deve ser aplicada no cálculo do reajuste da tarifa, de acordo com os ganhos de produtividade da concessionária. Também são levados em conta outros custos como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais.
A aplicação do reajuste anual está prevista nos contratos de permissão assinados entre as cooperativas e o governo federal, por meio da Aneel. Os índices homologados pela agência são os limites a serem cobrados pelas cooperativas.
Recentemente, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, explicou que o custo da energia comprada pelas distribuidoras para repassar aos consumidores teve impacto de cerca de 7 ou 8 pontos percentuais nos reajustes tarifários aprovados pelo órgão regulador neste mês. Segundo ele, além do custo maior com o uso de termelétricas, por causa do baixo nível dos reservatórios, as distribuidoras tiveram mais gastos com a contratação de energia no mercado livre, que é mais cara.