Economia

Aneel admite ajuda complementar às distribuidoras

Romeu Rufino admitiu a possibilidade de uma ajuda para cobrir a exposição remanescente após o leilão A-0


	Torres de transmissão de energia elétrica: segundo estimativa das distribuidoras, restou uma exposição ao mercado de curto prazo (spot) da ordem de 350 MW médios
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Torres de transmissão de energia elétrica: segundo estimativa das distribuidoras, restou uma exposição ao mercado de curto prazo (spot) da ordem de 350 MW médios (Adriano Machado/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 22h23.

São Paulo - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, admitiu a possibilidade de uma ajuda adicional às distribuidoras, para cobrir a exposição remanescente após o leilão A-0, realizado há cerca de duas semanas.

"Se for preciso complementar em alguma medida aquele valor (do empréstimo de R$ 11,2 bilhões obtido junto aos bancos), que imaginamos que seja um valor muito pequeno, será oportunamente discutido", disse.

Ele não revelou qual o custo com a exposição residual o governo trabalha, mas disse que deve ser um valor "muito baixo", porque "boa parte do problema foi resolvido com o leilão A-0", que comercializou energia para fornecimento por cinco anos, a partir deste mês de maio.

Segundo estimativa das distribuidoras, restou uma exposição ao mercado de curto prazo (spot) da ordem de 350 MW médios.

Conforme informou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na semana passada, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) já elaborou um novo pedido ao governo de ajuda de mais R$ 7,2 bilhões para que as empresas do setor consigam honrar seus compromissos entre maio e dezembro de 2014, o que elevaria o socorro a R$ 18,4 bilhões este ano.

A conta inclui não só a exposição residual ao mercado à vista (com custo estimado de R$ 1 bilhão), como também o custo do próprio leilão A-0 para as empresas que só terão novo reajuste em 2015 (R$ 1,2 bilhão), a estimativa de gasto com térmicas até o fim do ano (R$ 1,5 bilhão); e ainda a projeção de custo hidrológico dos geradores, que agora é pago pelos consumidores (R$ 3,5 bilhões).

Rufino sinalizou que o governo não considera o valor de R$ 7 bilhões de custo adicional.

Ele, porém, falava da exposição remanescente ao mercado de curto prazo e não ficou claro se o governo não admite a possibilidade de ajudar as distribuidoras com outros custos.

Segundo o diretor da Aneel, o empréstimo de R$ 11,2 bilhões deve cobrir o rombo nas contas das distribuidoras até abril.

Questionado se o governo também estaria estudando uma ajuda às geradoras, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acrescentou que "o governo está sempre disposto a ajudar tanto as geradoras como as distribuidoras e as transmissoras, desde que isso seja necessário".

Segundo ele, o governo avalia o setor permanentemente, mas não encontra neste momento razões para fazer isso.

Acompanhe tudo sobre:AneelEletricidadeEnergiaEnergia elétricaServiços

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1