São Paulo - A demanda, medida em passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK), no transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 6,1% em agosto de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013, informou nesta terça-feira, 23, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Desta forma, segundo o comunicado da Anac, a demanda doméstica completa 11 meses consecutivos de crescimento, atingindo o seu maior nível para o mês nos últimos dez anos. Já a oferta (em assentos-quilômetros oferecidos - ASK) doméstica teve recuo de 0,6%, no período.
Com o resultado de agosto, destaca a Anac, a demanda doméstica acumulou alta de 5,7% no ano e a oferta acumulou queda de 0,4%, no mesmo período, encerrando o 7º mês consecutivo com variação negativa.
Avianca destacou-se com a maior taxa de crescimento da demanda doméstica em agosto de 2014 quando comparada com o mesmo mês de 2013, da ordem de 22%.
A TAM manteve-se líder na participação de mercado, com 38,8% do RPK doméstico no mês de agosto, seguida pela GOL (35,2%) e Azul (16,3%).
A agência ressalta que a taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por empresas brasileiras (RPK/ASK) foi recorde para o mês de agosto nos últimos dez anos, da ordem de 79,2%.
O indicador registrou aumento de 6,8% em agosto de 2014, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior.
Já o número de passageiros pagos transportados em voos domésticos em agosto deste ano atingiu 8,0 milhões, tendo sido o maior para o mês nos últimos dez anos, com alta de 8,2% em relação a igual mês de 2013.
Segundo a Anac, o índice vem registrando variação positiva há 11 meses consecutivos.
No período de janeiro a agosto de 2014, a quantidade de passageiros transportados acumulou alta de 7,0%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
A GOL foi responsável pelo transporte de 2,95 milhões de passageiros pagos, representando 36,7% do total, seguida pela TAM, com 2,74 milhões de passageiros (34,1%).
Transporte aéreo internacional
A demanda (em RPK) do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras avançou 14,8% ante o mesmo mês de 2013.
A oferta internacional (em ASK), por sua vez, apresentou o primeiro crescimento expressivo do ano, com aumento de 5,3% em agosto de 2014, segundo a Anac.
TAM e GOL foram responsáveis pela totalidade do transporte de passageiros internacionais por empresas brasileiras, sendo a TAM com 84,7% do RPK, e a GOL, 15,3%.
A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras (RPK/ASK) alcançou 85,3% em agosto de 2014, contra 78,2% no mesmo mês de 2013.
O número de passageiros transportados em voos internacionais em agosto de 2014 atingiu 517,6 mil, com aumento de 13,9% em relação a agosto de 2013.
"Trata-se da maior quantidade de passageiros transportados em voos internacionais por empresas brasileiras registrada em um único mês nos últimos dez anos", destaca a agência.
Entre janeiro a agosto, a quantidade de passageiros transportados teve aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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1. Difícil pagar lanche para toda a família
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1/13 (ClaraCardoso / Flickr / Creative Commons)
São Paulo – Um passageiro que esteja voando pela primeira vez no país pode levar um susto ao tomar um descompromissado café com leite no
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro: R$ 7,25. Se ele ficar indignado e decidir evitar o Santos Dumont, optando pelo
Galeão, vai ter que se contentar com uma porção de seis pequenos pães de queijo a R$ 7,70 neste segundo. Os
preços dos aeroportos de todo o país parecem caros para qualquer bolso: a prova é que os valores cobrados são hoje a maior fonte de insatisfação dos passageiros, mostrou
pesquisa da Secretaria da Aviação Civil divulgada nesta segunda. Os entrevistados tinham 41 indicadores para elogiar ou criticar, mas o mais mal avaliado foi o preço da comida. Não à toa, a
Proteste foi a campo em 14 aeroportos que receberão passageiros da Copa este ano para levantar quanto se paga para comer. A intenção, no entanto, não foi fiscalizar os altos preços, mas as chamadas lanchonetes populares, que se tornaram uma política da
Infraero desde 2012 e devem seguir os preços máximos estabelecidos pela estatal em 15 itens, tornando-se uma opção barata para os
consumidores. A Proteste encontrou dois problemas principais: alguns desses novos locais
não respeitavam os tetos em todos os produtos determinados, e para alguns alimentos não tabelados, os preços chegavam a ser
maiores que nas lanchonetes convencionais. A Proteste pede maior fiscalização da Infraero com relação aos locais populares, além de pedir a instalação desses estabelecimentos nos aeroportos de Cuiabá, Manaus e
Belo Horizonte, que ainda não os possuem. Apesar dos problemas, na maioria das vezes, os preços praticados são de fatos mais camaradas. O café com leite, citado no início deste texto, por exemplo, sai por R$ 2,60 em um desses estabelecimentos. Vale lembrar que os altos valores não são uma exclusividade dos aeroportos do Brasil e que costumam ser mais elevados também no exterior. Os comerciantes alegam ainda que precisam cobrar mais devido ao alto custo do
aluguel em terminais aeroportuários. Veja a seguir os preços praticados em bares e cafés convencionais de
aeroportos do país, e depois os valores das lanchonetes populares.
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2. Suco natural com água
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2/13 (Ramzi Hashisho / Stock Xchng/Divulgação)
Preço: R$ 8,00 Aeroporto de Congonhas (São Paulo)
Preço na lanchonete popular: R$ 3,90
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3. Leite (300 ml)
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3/13 (Zsuzsanna Kilian / Stock Xchng)
Preço: R$ 4,80 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,20
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4. Brigadeiro
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4/13 (Rodrigo Senna / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 5,90 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,80
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5. Misto-quente
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5/13 (Wikimedia Commons)
Preço: R$ 10,00 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Preço na lanchonete popular: R$ 4,90
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6. Pão com manteiga
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6/13 (Wagner Tamanaha / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 6,50 Aeroporto Afonso Pena (Curitiba)
Preço na lanchonete popular: R$ 1,00 (não tabelado)
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7. Cerveja nacional (lata)
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7/13 (Quatro Rodas)
Preço: R$ 6,90 Aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro)
Preço na lanchonete popular: R$ 8,75 (não tabelado) - mais caro
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8. Cappuccino (médio)
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8/13 (Getty Images)
Preço: R$ 6,00 Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,00 (não tabelado) - igual
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9. Torta salgada (fatia)
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9/13 (Conanil / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 8,25 Aeroporto L.E. Magalhães (Salvador)
Preço na lanchonete popular: R$ 9,90 (não tabelado) - mais caro
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10. Brownies
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10/13 (jeffreyw / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 4,50 Aeroporto de Congonhas (SP)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,75 (não tabelado) - mais caro
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11. Empanadas
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11/13 (Rebecca T. Caro / Flickr / Creative Commons)
Preço: R$ 3,60 Aeroporto Galeão (Rio de Janeiro)
Preço na lanchonete popular: R$ 6,50 (não tabelado) - mais caro
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12. Fritas (porção)
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12/13 (Ulrik De Wachter / Stock Xchng)
Preço: R$ 18,50 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Preço na lanchonete popular: R$ 10,00 (não tabelado)
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13. Agora, veja os aeroportos que mais deixam os passageiros em pé ao lado da esteira
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13/13 (Infraero/Divulgação)