Economia

América Latina crescerá 2,5% em 2014, diz FMI

América Latina crescerá 2,5% em 2014, quatro décimos a menos do que o previsto em janeiro, afirma o Fundo Monetário Internacional


	Sede do FMI: relatório prevê, por outro lado, que a recuperação nas economias avançadas terão um impacto positivo no comércio da América Latina
 (Chip Somodevilla/Getty Images/Getty Images)

Sede do FMI: relatório prevê, por outro lado, que a recuperação nas economias avançadas terão um impacto positivo no comércio da América Latina (Chip Somodevilla/Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 11h12.

Washington - A América Latina crescerá 2,5% em 2014, quatro décimos a menos do que o previsto em janeiro, em um ambiente marcado por fortes diferenças regionais, no qual o Brasil avançará somente 1,8% no ano que vem e 2,7% em 2015, divulgou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O organismo publicou hoje o relatório semestral "Perspectivas Econômicas Globais", no qual rebaixou também a expectativa de crescimento da região para 3% em 2015, três décimos a menos do que o calculado anteriormente.

Os pontos que afetarão a expansão do Brasil, segundo o FMI, são problemas na cadeia de abastecimento, sobretudo em infraestrutura, e a fraqueza da demanda privada.

O relatório prevê, por outro lado, que a recuperação nas economias avançadas terão um impacto positivo no comércio da América Latina.

Contudo, o impacto será diminuído pelos preços mais baratos das matérias-primas, as condições menos favoráveis nos mercados financeiros e gargalos nas cadeias de abastecimento em alguns países.

A fraqueza nos investimentos e o menor empurrão do setor exportador foram os principais freios da região em 2013, apontou o Fundo Monetário Internacional.


O relatório destacou que a maioria de divisas e mercados de dívida e ações na América Latina e no Caribe foram negociados abaixo dos níveis de um ano atrás, reflexo de um ambiente externo mais adverso e da reconsideração das perspectivas da região a médio prazo.

O FMI frisou ainda as grandes diferenças na região. O organismo indicou o caso do México, cujo Produto Interno Bruto (PIB) avançará 3% em 2014 e 3,5% em 2015, após um crescimento de apenas 1,1% em 2013.

As perspectivas de crescimento futuro no país são altas graças às reformas econômicas em andamento, sobretudo nos setores energético e de telecomunicações, segundo o FMI.

Na Colômbia e no Peru também há expectativa de um crescimento alto, de 4,5% e 5,5% em 2014, respectivamente.

No Chile, a previsão é de uma moderação da expansão, com crescimento de 3,6% em 2014, contra 4,2% de 2013.

As desacelerações mais marcantes ocorrerão na Argentina e Venezuela, onde existem "grandes incertezas". O FMI prevê que a Argentina crescerá 0,5% neste ano e 1% em 2015, contra 4,3% de 2013.

Na Venezuela, as projeções são de uma contração de 0,5% em 2014 e 1% em 2015, contra o crescimento de 1% em 2013.

A Bolívia, enquanto isso, crescerá 5,1% em 2014 e 5% no ano seguinte, contra 6,8% de 2013.

América Central seguirá sem mudanças e se expandirá a um ritmo de 4% neste ano e no próximo, e o Caribe se expandirá 3,3% em 2014 e 2015.

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