Economia

Alta do PIB de 2017 sobe de 0,6% para 0,68%, prevê Focus

Para 2018, o mercado elevou a previsão de alta do PIB de 2,20% para 2,30%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2%

PIB: os economistas do mercado financeiro também elevaram suas projeções para a balança comercial em 2017 e 2018. (WEB/Divulgação)

PIB: os economistas do mercado financeiro também elevaram suas projeções para a balança comercial em 2017 e 2018. (WEB/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 09h49.

Última atualização em 25 de setembro de 2017 às 09h51.

Brasília - Na esteira da divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na última quinta-feira, 21, os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 e 2018.

A expectativa de alta para o PIB deste ano foi de 0,60% para 0,68% no Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 25. Há um mês, a perspectiva estava em 0,39%.

Para 2018, o mercado elevou a previsão de alta do PIB de 2,20% para 2,30%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,00%. Na quinta-feira, o RTI trouxe as projeções atualizadas do BC para o crescimento do PIB: 0,7% em 2017 e 2,2% em 2018. Na última sexta-feira, 22, o Ministério do Planejamento também divulgou sua projeção para o PIB este ano, de alta de 0,5%.

No Focus divulgado nesta manhã, a projeção para a produção industrial deste ano passou de avanço de 1,10% para alta de 1,05%. Há um mês, estava em 1,00%. No caso de 2018, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 2,45% para 2,40%, ante 2,16% de quatro semanas antes.

Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2017 foi de 52,10% para 52,15%. Há um mês, estava em 51,95%. Para 2018, a expectativa no boletim Focus foi de 55,70% para 55,65%, ante 55,60% de um mês atrás.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para a balança comercial em 2017 e 2018. A estimativa de superávit comercial este ano foi de US$ 61,43 bilhões para US$ 62,00 bilhões, ante US$ 61,35 bilhões de um mês antes. Na estimativa mais recente do BC, atualizada no RTI da semana passada, o saldo positivo de 2017 ficará em US$ 61,00 bilhões.

Para o próximo ano, os economistas do mercado elevaram a projeção de superávit comercial de US$ 49,70 bilhões para US$ 50,00 bilhões. Há um mês, a expectativa era de US$ 48,00 bilhões. Já a projeção do BC é de superávit comercial de US$ 51,0 bilhões em 2018.

No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2017 indicaram déficit de US$ 15,00 bilhões, mesmo valor projetado uma semana antes. Há um mês, a projeção estava em US$ 18,90 bilhões. A estimativa do BC para o déficit em conta em 2017 é de US$ 16,0 bilhões.

O mercado alterou a projeção de rombo nas contas externas em 2018, de US$ 32,00 bilhões para US$ 31,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 33,18 bilhões. Neste caso, a previsão do BC é de déficit em conta de US$ 30,0 bilhões em 2018.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário, tanto em 2017 quanto em 2018. A mediana das previsões para o IDP em 2017 manteve-se em US$ 75,00 bilhões. Há um mês, estava no mesmo patamar. A projeção atual do BC para este ano também é de IDP de US$ 75,00 bilhões.

Para 2018, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto, de acordo com o Focus, foi de US$ 75,00 bilhões para US$ 77,50 bilhões, ante os US$ 75,00 bilhões projetados quatro semanas antes. Já o BC calcula US$ 80,00 bilhões de IDP para o próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:Boletim Focuseconomia-brasileiraPIB do Brasil

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto