Economia

Alta do IPI não ameaça emprego na autoindústria, diz Anfavea

O número de empregos diretos nas montadoras em 2013 foi 26,4% maior do que a média registrada nos últimos dez anos


	Guido Mantega (E), ao lado de presidente da Anfavea: Luiz Moan, que também é presidente da GM, não quis comentar as recentes demissões na montadora
 (Antonio Cruz/ABr)

Guido Mantega (E), ao lado de presidente da Anfavea: Luiz Moan, que também é presidente da GM, não quis comentar as recentes demissões na montadora (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 12h47.

São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta terça-feira, 7, que o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começou a vigorar no dia 1º de janeiro e passará por novo ajuste em junho, não deve impactar na manutenção dos empregos no setor.

"Quando ocorreu a redução do IPI, o (ministro da Fazenda, Guido) Mantega pediu a manutenção do emprego e nós fizemos até mais do que isso", afirmou. "Não acredito que há ameaça ao emprego."

Segundo Moan, em maio de 2012 o setor tinha 145 mil empregados e agora possui 153,5 mil. "Não só cumprimos o acordo, como adicionamos mais de 8 mil postos de trabalho", afirmou.

De acordo com os dados da Anfavea, o número de empregos diretos nas montadoras em 2013 foi 26,4% maior do que a média registrada nos últimos dez anos.

Moan, que também é presidente da General Motors (GM), não quis comentar as recentes demissões na montadora.

De acordo com o dirigente, a redução do IPI garantiu que o setor gerasse mais de R$ 8 bilhões em impostos para o governo federal, com tributos como PIS/Cofins, IPVA e ICMS.

"Eu falei isso para o Mantega, esses números ele conhece, mas houve uma decisão política por parte do governo", disse.

Moan afirmou ainda que o setor não trabalha com a hipótese de o governo voltar a reduzir o IPI.

"O governo tomou a decisão dele, os decretos estão publicados e esse é o cenário que estamos trabalhando. Prefiro que a gente esteja bem do que eu tenha de pedir alguma coisa."

Acompanhe tudo sobre:AnfaveaAutoindústriaImpostosIndústriaIPILeão

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1