Guido Mantega (E), ao lado de presidente da Anfavea: Luiz Moan, que também é presidente da GM, não quis comentar as recentes demissões na montadora (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 12h47.
São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta terça-feira, 7, que o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começou a vigorar no dia 1º de janeiro e passará por novo ajuste em junho, não deve impactar na manutenção dos empregos no setor.
"Quando ocorreu a redução do IPI, o (ministro da Fazenda, Guido) Mantega pediu a manutenção do emprego e nós fizemos até mais do que isso", afirmou. "Não acredito que há ameaça ao emprego."
Segundo Moan, em maio de 2012 o setor tinha 145 mil empregados e agora possui 153,5 mil. "Não só cumprimos o acordo, como adicionamos mais de 8 mil postos de trabalho", afirmou.
De acordo com os dados da Anfavea, o número de empregos diretos nas montadoras em 2013 foi 26,4% maior do que a média registrada nos últimos dez anos.
Moan, que também é presidente da General Motors (GM), não quis comentar as recentes demissões na montadora.
De acordo com o dirigente, a redução do IPI garantiu que o setor gerasse mais de R$ 8 bilhões em impostos para o governo federal, com tributos como PIS/Cofins, IPVA e ICMS.
"Eu falei isso para o Mantega, esses números ele conhece, mas houve uma decisão política por parte do governo", disse.
Moan afirmou ainda que o setor não trabalha com a hipótese de o governo voltar a reduzir o IPI.
"O governo tomou a decisão dele, os decretos estão publicados e esse é o cenário que estamos trabalhando. Prefiro que a gente esteja bem do que eu tenha de pedir alguma coisa."