Economia

Alta de IPI reduz importações de veículos em setembro

Segundo o MDIC, crescimento das importações em setembro foi de 9,9% ante setembro de 2010; em agosto, alta era de 29%, na comparação com o mesmo mês do ano passado

O aumento do IPI, em 30 pontos porcentuais, entrou em vigor no dia 16 de setembro (Joe Raedle/Getty Images)

O aumento do IPI, em 30 pontos porcentuais, entrou em vigor no dia 16 de setembro (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 19h31.

Brasília - O aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis não produzidos no Brasil pôs um freio nas importações desses produtos. Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que o crescimento das importações de veículos em setembro foi de 9,9% em relação ao mesmo período de 2010, atingindo US$ 935 milhões. Mas em agosto, quando a medida ainda não vigorava, as importações brasileiras de automóveis somaram US$ 1,1 bilhão, com alta de 29% em relação a agosto de 2010.

"O aumento das importações de automóveis foi menor em setembro que em outros meses. Algumas empresas podem ter aguardado para tomar suas decisões. Mas esta é uma pergunta que precisa ser feita às empresas", disse a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres. As importações de automóveis sempre são destaque nas importações de bens de consumo. Em setembro, outros produtos tiveram crescimento maior, como bebidas e tabacos e produtos alimentícios.

O aumento do IPI, em 30 pontos porcentuais, entrou em vigor no dia 16 de setembro. O imposto para as empresas não habilitadas no regime automotivo, que exige contrapartidas em inovação, conteúdo regional e fábrica no Brasil, ficará entre 37% e 55% para automóveis, 30% para caminhões e 34% para caminhonetes e comerciais leves.

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