Um pouco de inflação não dói?: ninguém mais duvida que os preços estão subindo. A dúvida é se o governo está correto ao atacar com mão leve a inflação (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 11h25.
Rio de Janeiro - Os preços dos alimentos apresentaram a maior alta do comércio em 2011 em São Paulo. É o que aponta o Índice de Preços do Varejo (IPV), aferido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Na comparação entre novembro e dezembro, o setor teve um acréscimo de 0,72% e fechou o ano com um acumulado de 4,09%.
De acordo com o levantamento, os preços dos produtos de supermercados tiveram elevação de 5,54% em 2011, após registrarem aumentos ao longo de todo o segundo semestre. A alta dos custos alimentícios também atingiu as feiras livres, que apresentaram crescimento dos preços nos últimos três meses, em média 4,23% mais caros que no início de 2011.
Somente entre os dois últimos meses do ano, os preços de verduras, frutas e legumes vendidos nas feiras subiram, respectivamente, 2,93%, 1,73% e 1,63%. Os mesmos produtos tiveram um acréscimo diferente nos supermercados, onde as verduras (2,29%) e as frutas (0,93%) apresentaram alta, enquanto os legumes tiveram uma baixa de 1,69%.
Durante 2011, os açougues acumularam elevação de apenas 0,44%, entretanto, o setor foi marcado por variações amplas ao longo do ano. Entre novembro e dezembro, o preço da carne subiu, em média, 3,44%. As carnes bovinas ficaram 4,06% mais caras no período, enquanto as suínas registraram alta de 4,35%. O valor das aves, por outro lado, sofreu retração de 0,01%. Nos supermercados, os mesmos alimentos apresentaram elevação, respectivamente, de 4,87%, 3,33% e 1,97%.
O IPV também foi influenciado pelos preços do setor de panificados, que cresceram 0,5% entre os dois últimos meses de 2011. Já o de padarias registra elevação há 26 meses consecutivos e acumulou expansão de 7,49%. No total, 17 dos 21 setores do varejo analisados pelo IPV fecharam 2011 com acréscimo de preços. Além dos alimentos, o aumento afetou floriculturas (16,33%), relojoarias (13,75%), jornais e revistas (11,4%), CDs (9,85%), combustíveis e lubrificantes (7,82%), material de escritório (5,43%), móveis e decoração (5,36%), óticas (5,13%), drogarias e perfumarias (5,08%), brinquedos (5,02%), material de construção (4,97%), vestuário, tecidos e calçados (4,81%) e livrarias (1,22%).
Os únicos setores que registraram queda de preços no acumulado de 2011 foram autopeças e acessórios (0,9%), veículos (1,41%), eletrodomésticos (2,62%) e eletroeletrônicos (8,97%).