Nas despesas com alimentação, a alta mais expressiva ocorreu nos alimentos in natura e semielaborados (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2015 às 15h52.
São Paulo - O custo de vida dos paulistanos aumentou 0,57% em maio na comparação com abril, segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado hoje (10).
O maior peso veio dos grupos alimentação (1,29%) e habitação (0,56%) que contribuíram com 0,53 ponto percentual para o resultado. O comportamento dos preços nos últimos 12 meses (junho de 2014 a maio de 2015) indica alta de 8,82%.
Nas despesas com alimentação, a alta mais expressiva ocorreu nos alimentos in natura e semielaborados (1,8%). Nesse subgrupo, o item raízes e tubérculos (13,37%) registrou alta em todos os produtos, com destaque para a cebola (39,04%).
De acordo com o Dieese, isso se deve à redução da área plantada, à quebra de safra em 30% e à ocorrência de pragas nas plantações de cebola.
Os outros dois subgrupos que compõem o item alimentação também registraram alta: produtos da indústria alimentícia (0,77%) e alimentação fora do domicílio (0,98%).
Em relação aos alimentos industrializados, destacaram-se: iogurtes (2,56%), pão francês (1,64%), refrigerantes (1,14%) e queijos (1,05%). Na alimentação fora de casa, os reajustes foram 0,86% nas refeições principais.
Nos preços relacionados à habitação, a maior alta ocorreu no subgrupo operação do domicílio (0,67%), pressionado pela elevação dos gastos com gás de botijão (1,7%), serviços domésticos (1,67%) e produtos de limpeza (0,92%).
Também aumentaram os custos relacionados à locação (0,41%) e à conservação de domicílio (0,42%).
Entre os dez grupos que compõem o Índice de Custo de Vida (ICV), o transporte foi o único que apresentou redução (-0,27%) e teve impacto negativo de 0,04 ponto percentual na composição do índice.
A baixa refere-se a um recuo de -0,4% no custo do transporte individual.
Os demais grupos, por sua vez, tiveram menor impacto na composição do ICV: equipamento doméstico (0,55%), vestuário (0,17%), educação e leitura (0,07%), saúde (0,09%), recreação (1,06%), despesas pessoais (0,63%) e despesas diversas (1,95%).
O Dieese calcula ainda três indicadores de inflação por estrato de renda. As famílias com menor rendimento (renda média de R$ 377,49) foram as que mais sentiram a alta dos preços, com variação de 0,76%.
Em seguida está o estrato das famílias com renda intermediária (R$ 934,17), com inflação de 0,64%. Por fim, as famílias com maior poder aquisitivo (R$ 2.792,90), com alta de 0,49%. Os valores referem-se ao ano de 1996, quando foi introduzida a ponderação atual do ICV.