Economia

Alimentação explica IPC-S acima do previsto, diz FGV

O grupo Alimentação teve alta de 0,08% no fechamento do mês passado, após variações de 0,05% na terceira quadrissemana


	Consumo: índice de preços ao consumidor chegou a taxa de 0,33% em junho
 (Vjeran Lisjak/Stock Xchng/Reprodução)

Consumo: índice de preços ao consumidor chegou a taxa de 0,33% em junho (Vjeran Lisjak/Stock Xchng/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 15h24.

São Paulo - O resultado acima do esperado para o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de junho tem base no avanço dos preços dos alimentos, especialmente por causa da redução no ritmo de declínio dos produtos in natura. A explicação foi dada nesta terça-feira, 01, pelo coordenador do IPC-S, o pesquisador Paulo Picchetti, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O economista previa inflação de 0,10%, com viés de alta, mas o indicador apresentou taxa de 0,33% no sexto mês do ano.

"Foi basicamente Alimentação. Alguns in natura reduziram a queda. Foi o que frustrou minha projeção (de 0,10%)", justificou. O grupo Alimentação, por sua vez, teve alta de 0,08% no fechamento do mês passado, após variações de 0,05% na terceira quadrissemana; de 0,06% na segunda leitura de junho e de 0,39% na primeira pesquisa. Em maio, a inflação do grupo fora de 0,45%.

Os alimentos in natura a que Picchetti se referiu são as frutas e hortaliças e legumes. O primeiro segmento começou junho com recuo de 2,52%, passou para 4,04% na segunda quadrissemana, para 3,69% na terceira e fechou o mês com retração de 3,52%.

"No começo de junho, as pesquisas de ponta (mais recentes) indicavam que a queda ia acelerar. Não foi assim", disse.

Apesar da variação negativa de hortaliças e legumes ter se intensificado entre a terceira e a quarta leituras do mês, de 7,79% para 8,82%, o economista afirmou que esperava uma queda maior.

Isso porque, disse, entre a primeira e segunda medições de junho, o subitem acelerou a deflação, de 2,77% para 7,48%. Por se tratar de produtos muito voláteis, é difícil explicar a razão do movimento.

"São culturas rápidas, de produção muito regionalizada. Pode ter acontecido algum choque climático isolado que dá essa oscilação curto prazo", avaliou.

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