Economia

Alemanha quer limitar ajuda a bancos da zona do euro

Os líderes da zona do euro concordaram em junho passado em permitir que o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) recapitalize os bancos diretamente


	O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble
 (Sean Gallup/Getty Images)

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2013 às 12h23.

Bruxelas - O fundo de resgate da zona do euro deve limitar a recapitalização de bancos para bem abaixo de 80 bilhões de euros, disse nesta terça-feira o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble.

A ambição de Schaeuble de reduzir o uso do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) de 500 bilhões de euros representa um obstáculo para países como a Irlanda, que ainda espera obter assistência direta do fundo para os seus bancos.

"É claro que deve ser significativamente abaixo dos 80 bilhões de euros em capital", disse Schaeuble a jornalistas, após reunião de ministros das Finanças da União Europeia, em Bruxelas. "Em algum lugar entre zero e 80 bilhões de euros."

Os líderes da zona do euro concordaram em junho passado em permitir que o ESM recapitalize os bancos diretamente. Com isso, os países não precisarão aumentar suas dívidas soberanas para socorrer as instituições financeiras problemáticas.

Mas a Alemanha e outros países têm profundas reservas sobre o uso do ESM para esse fim, porque temem que isso vai deixá-los à mercê dos empréstimos ruins feitos na Espanha e em outros lugares.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaEuropaPaíses ricosZona do Euro

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo