Economia

Alemanha é contra resgate de quase um trilhão de euros

Resgate foi rejeitado pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble

Para o ministro, um aumento de até 800 bilhões de euros é suficiente (Alex Domanski/Reuters)

Para o ministro, um aumento de até 800 bilhões de euros é suficiente (Alex Domanski/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 06h28.

Copenhague - O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, rejeitou nesta sexta-feira a criação de um fundo de resgate de 1 trilhão de euros, como defende a França, ao avaliar que um aumento de até 800 bilhões é suficiente.

'O governo alemão está preparado para, a partir de 1º de julho, não diminuir a soma prometida para os resgates de Irlanda, Portugal e Grécia', que ascende, segundo seus cálculos, a cerca de 300 bilhões de euros se for acrescentado o primeiro programa para Atenas.

Isso significa que o fundo permanente de resgate, o Mecanismo Europeu de Estabilidade, quando entrar em vigor em julho, poderá dispor de 500 bilhões de euros íntegros, com o que a dotação nova do fundo da zona do euro ascenderia a 800 bilhões, longe do montante proposto pela França.

O governo francês apoia o aumento dos fundos de resgate europeus a 1 trilhão de euros, segundo explicou na quinta-feira o ministro da Economia desta país, François Baroin.

Hoje, em sua chegada ao encontro do Eurogrupo, Baroin disse apenas que o montante final do fundo de resgate será definido na reunião.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que também foi questionado sobre esta questão, assegurou que é 'uma loucura colocar sobre a mesa a opção de 1 trilhão de euros'.

'Não será possível, porque não há as condições políticas para chegar a essa quantia', avaliou.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCrise econômicaCrises em empresasDívida públicaEuropaPaíses ricosUnião Europeia

Mais de Economia

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo

Brasil será menos impactado por políticas do Trump, diz Campos Neto

OPINIÃO: Fim da linha