Economia

Alemanha acredita que Eurozona suportaria saída da Grécia

Segundo o ministro das Finanças alemão, o sistema hoje é muito mais resistente do que há dois anos, quando explodiu a crise da dívida

Wolfgang Schauble: uma pesquisa realizada na Alemanha revela que 73% dos cidadãos do país preferem que a Grécia abandone a zona do euro (Eric Piermont/AFP)

Wolfgang Schauble: uma pesquisa realizada na Alemanha revela que 73% dos cidadãos do país preferem que a Grécia abandone a zona do euro (Eric Piermont/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2012 às 09h10.

Berlim - O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, acredita que a zona do euro suportaria sem grandes problemas a saída da Grécia, uma vez que o sistema hoje é muito mais resistente do que há dois anos, quando explodiu a crise da dívida.

'Aprendemos muito nos últimos dois anos e desenvolvemos mecanismos de defesa. O risco de contágio a outros países da zona do euro se reduziu, e a zona do euro é muito mais resistente em sua totalidade', afirmou Schäuble em declarações publicadas nesta sexta-feira pelo diário 'Rheinische Post'.

Além disso, 'é errônea a impressão de que não seríamos capazes de reagir a um imprevisto a curto prazo'.

Quanto à complicada situação da Grécia após as eleições legislativas e à dificuldade para a formação de um Governo de coalizão, o ministro alemão lançou uma advertência clara às forças contrárias aos ajustes impostos aos gregos.

Schäuble qualificou de 'perigoso enganar os cidadãos assegurando que existe outra via mais singela para sanear a Grécia, evitando medidas mais duras. Isso não tem sentido'.

Por fim, o ministro alemão lembrou que 'as nações europeias e os credores privados se esforçaram de maneira extraordinária para favorecer a Grécia', por isso o país deve 'compreender que em troca tem de cumprir seus compromissos'.

Enquanto isso, uma pesquisa realizada na Alemanha revela que 73% dos cidadãos do país preferem que a Grécia abandone a zona do euro. 

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCrise gregaEuropaGréciaPaíses ricosPiigsUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto