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Alckmin diz que acordo União Europeia-Mercosul vai aumentar o PIB e derrubar a inflação no Brasil

Para vice-presidente, entendimento é prova de diálogo; ele minimiza resistência francesa

Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil (Diogo Zacarias/ Palácio do Planalto/Flickr)

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Agência o Globo
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Publicado em 7 de dezembro de 2024 às 00h55.

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O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta sexta-feira que a celebração do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia é um marco "histórico" e "estratégico" e disse que isso fará o PIB brasileiro subir e a inflação cair.

O acordo foi anunciado mais cedo pela presidente da Comissão Europeia (o braço executivo da União Europeia), Ursula von der Leyen, em reunião em Montevidéu. As tratativas foram negociadas ao longo de 25 anos. Será criado um mercado comum de mais de 700 milhões de pessoas, com um PIB somado de US$ 22,3 trilhões.

— Esse acordo não é imediato. A Bolívia, mais à frente, pode entrar (no acordo). Estamos falando de 27 países da União Europeia, o que pode fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações (subirem), e derrubar a inflação. É uma agenda extremamente positiva. Depois de anos e anos de negociação, celebra-se esse acordo — disse Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio Exterior.

Alckmin também minimizou a resistência de algumas nações europeias, como França e Polônia. Ele destacou ainda o acordo ter sido feito no que chamou de "mundo polarizado, fragmentado".

— O acordo é sempre um ganha-ganha, mas onde você abre mão de alguma coisa, ganha de outro lado, tem uma vantagem comparativa aqui, tem uma dificuldade ali, mas acho que vamos superar — afirmou.

O vice-presidente explicou também que, a partir de agora, a oficialização do acordo depende apenas de votações no Parlamento Europeu e nos países que integram os dois blocos.

— Os próximos passos: tem a tradução (do acordo) para todas as línguas, a votação por maioria qualificada no Conselho (Europeu) e, depois, a votação por maioria simples no Parlamento Europeu e a votação nos países (que integram o bloco). Daí terá efeitos imediatos — disse ele. —Os termos dos acordos estão acertados, então isso não pode ser alterado. Um país que, por acaso tenha divergência, não pode alterar os termos do acordo celebrado.

A Confederação Nacional da Indústria disse que o acordo representa uma "resposta efetiva ao desafio de agregar mais valor à pauta comercial brasileira em paralelo a uma política de modernização e evolução industrial do país". Afirma que o documento criará bases para integrar a economia brasileira a cadeias de valor de forma mais robusta e competitiva.

"Negociado com foco em princípios de equilíbrio e sustentabilidade, o acordo tem potencial de impulsionar a produtividade e ampliar a integração internacional da indústria brasileira, promovendo ganhos econômicos e sociais de longo prazo, diz o texto.

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