Economia

Alckmin defende 'oportunidades' para baixar os juros

Vice-presidente participou de reunião preparatória para viagem de Lula à China

A declaração ocorre em meio às críticas do governo e ofensivas de aliados contra o Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto (Antônio Cruz/Agência Brasil)

A declaração ocorre em meio às críticas do governo e ofensivas de aliados contra o Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 12h53.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defendeu nesta quarta-feira que o país aproveite “todas as oportunidades” para “baixar juros” e ressaltou o peso da redução para atrair investimentos e desenvolver a economia. A declaração ocorre em meio às críticas do governo e ofensivas de aliados contra o Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto.

— O Brasil, que estava isolado, passa a ser protagonista importantíssimo na economia mundial. Então é América Latina, Estados Unidos, China, União Europeia, África. Temos 2% do PIB do mundo; 98% do comércio está fora do Brasil. Temos que aproveitar todas as oportunidades para gerar emprego, para fazer crescer a economia e baixar os juros. Isso é muito importante para poder atrair mais investimentos e a economia crescer mais.

Alckmin deu as declarações no Palácio do Itamaraty depois de uma reunião preparatória com ministros para a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China. O vice-presidente afirmou que não o acompanhará na agenda e que ainda não há uma data definida.

Nesta segunda-feira, o diretório nacional do PT aprovou uma resolução em que orienta as suas bancadas a convocarem Campos Neto para dar explicações ao Congresso Nacional sobre a taxa de juros no Brasil. A sigla também defende a revisão da meta de inflação.

― Achamos exagerados os juros que temos. Achamos importante rediscutir a meta da inflação. Tiramos um posicionamento do PT de convocar o presidente do Banco Central para fazer explicações ao Congresso Nacional. Afinal, ele está indo no Roda Viva, vai em outras TVs. É importante também que ele vá ao Congresso Nacional, que é a casa representativa do povo brasileiro. Essa é a nossa posição hoje ― explicou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann ao deixar o encontro realizado nesta segunda-feira.

Nos últimos dias, Lula tem feito críticas ao Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto. Ele chegou a afirmar que o BC é o responsável pela alta taxa de juros no país e que o Senado Federal pode trocar a presidência do banco. O presidente ainda defendeu que o governo “tem direito de estabelecer sua política econômica” e que não é preciso pedir “licença para governar”.

A expectativa do mercado é que a taxa Selic, em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, se mantenha neste patamar até o fim deste ano

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGeraldo AlckminJuros

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor