Economia

AL deve ter novo ano de crescimento decepcionante, diz FMI

Depois de crescer 1,2% em 2014, a previsão do FMI é de que a expansão não se acelere muito este ano, ficando em 1,3%


	América Latina: previsões de crescimento para região foram agora revisadas para baixo pelo FMI
 (fidalgo_dennis/Flickr)

América Latina: previsões de crescimento para região foram agora revisadas para baixo pelo FMI (fidalgo_dennis/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 15h23.

Nova York - A América Latina deve ter um novo ano de crescimento abaixo da média, com fatores externos e problemas domésticos afetando negativamente a atividade em vários países, avalia o diretor do Departamento para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner.

Werner destaca que normalmente o início de um ano é marcado por uma dose de otimismo.

Mas o começo de 2015 para a América Latina, ao contrário, é marcado por uma série de preocupações e as previsões de crescimento para a região foram agora revisadas para baixo pelo FMI.

Depois de crescer 1,2% em 2014, a previsão do FMI é de que a expansão não se acelere muito este ano, ficando em 1,3%.

O pior desempenho na região deve ficar com a Venezuela, que deve encolher 7% por causa da queda do petróleo.

Em outubro, quando divulgou um relatório de previsões, o FMI esperava que a América Latina fosse crescer 2,2% este ano.

A redução do preço do petróleo deve ter, no geral, um impacto neutro para a região como um todo, destaca Werner.

Mas alguns países, principalmente Venezuela e Equador, serão duramente afetados.

Já para o México, que é exportador da commodity, a queda deve ter impacto limitado, pois o setor de petróleo tem um papel relativamente modesto na economia, destaca Werner.

Além disso, o país deve se beneficiar da maior expansão esperada pelos Estados Unidos este ano.

Os preços do petróleo mais baixos vão aliviar as pressões inflacionárias e as vulnerabilidades externas em alguns países, ressalta o diretor do FMI.

Na América do Sul, a queda dos preços de outras commodities, sobretudo agrícolas e minerais, deve seguir afetando negativamente a região.

Em meio ao cenário mais desafiador, Werner reforçou a necessidade de os governos da América Latina resolverem gargalos em infraestrutura, como uma forma de estimular a atividade econômica.

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