Mansueto de Almeida Jr: “Quanto mais a economia brasileira crescer no longo prazo, mais fácil será o ajuste fiscal a ser feito" (Flavio Santana/Biofoto/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2016 às 21h39.
Rio de Janeiro - O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida Jr., afirmou nesta sexta-feira que o ajuste fiscal deverá durar pelo menos nove anos e que estará diretamente vinculado ao nível de crescimento do país.
“Quanto mais a economia brasileira crescer no longo prazo, mais fácil será o ajuste fiscal a ser feito", disse ele em evento da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
"É um ajuste fiscal que vai levar pelo menos 9 anos.” O governo do presidente Michel Temer trabalha na aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para limitar gastos do governamentais e assim reequilibrar as contas públicas.
Outra bandeira do governo Temer é a aprovação da Reforma da Previdência.
“Esse ajuste fiscal será gradual, com a PEC dos gastos e a reforma da Previdência...o ponto de partida depende do ajuste fiscal, porque ninguém vai investir num país que tem o risco de sua dívida se tornar impagável”, destacou o secretário.
Mansueto disse que a possível exclusão dos Estados da PEC que limita o crescimento dos gastos públicos não trará prejuízo para o processo de ajuste fiscal.
Segundo ele, incluir ou não os Estados na PEC é uma escolha mais política do que técnica. Isso porque, argumentou, o teto dos gastos dos Estados já está contemplado no acordo firmado entre a União e os entes estaduais na discussão da renegociação das dívidas.
O secretário também voltou a defender a necessidade da reforma da Previdência e disse que o governo quer discutir todos os regimes especiais e chegar a um consenso.