Joaquim Levy: "o mercado de capitais, como muitos outros, mas esse em particular, depende muito de confiança e é de longo prazo" (Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2015 às 16h39.
São Paulo - O ajuste fiscal é fundamental para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro, de acordo com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que participou nesta segunda-feira, 30, de fórum empresarial promovido pelo grupo Lide.
"O mercado de capitais, como muitos outros, mas esse em particular, depende muito de confiança e é de longo prazo", afirmou ele, em coletiva de imprensa.
Levy não precisou, contudo, se novos tributos poderiam ser criados para instrumentos financeiros como as letras de crédito imobiliário (LCI) e agrícola (LCA) e ainda os juros sobre capital próprio, quando questionado por jornalistas.
Disse, apenas, sobre a necessidade de se tomar medidas certas no longo prazo para que o Brasil esteja no rumo certo.
"Temos que ser mais competitivos. Entrar nesse rumo, no qual precisamos ser mais competitivos. O período mais fácil de boom das commodities passou, mas temos milhares de coisas que a gente pode fazer a nosso favor desde que a gente trabalhe com vontade e persistência", afirmou o ministro da Fazenda.
Ele citou ainda que o Brasil já tem instrumentos que permitem um ambiente organizado e que haja demanda para novos projetos para que o mercado se desenvolva naturalmente como, por exemplo, as debêntures de infraestrutura.
"Isso vai ocorrer desde que a gente tenha a aprovação do ajuste econômico, das leis que estão no Congresso e crie esse ambiente de segurança, essa plataforma para ter onde utilizar para começar a crescer", acrescentou Levy.
Segundo ele, as medidas que estão no Congresso e mais as outras ações do governo, inclusive, os cortes de gastos da máquina pública, servem de alicerce para a nova fase de crescimento que o Brasil tem de começar "o mais rápido possível".
A uma plateia com mais de 600 empresários, Levy reforçou, nesta tarde, a necessidade de usar o mercado de capitais brasileiro pelo fato de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passar a ter menos recursos.